VeChain (VET): O que é, como funciona e por que está revolucionando a cadeia de suprimentos
Fundada em 2015, a VeChain se destaca como uma das principais plataformas de blockchain focadas em soluções de rastreamento e transparência para cadeias de suprimentos. Seu token nativo, VET, combina funcionalidades de reserva de valor com um modelo de dual token que inclui o VTHO, usado para pagar taxas de transação dentro da rede. Neste guia completo, analisaremos a tecnologia subjacente, a tokenomics, casos de uso reais, estratégias de investimento e como a VeChain se posiciona no cenário global de criptomoedas.
1. Arquitetura da VeChain: Dual Token, Proof‑of‑Authority e Camada de Negócios
A VeChain opera sobre um modelo de Proof‑of‑Authority (PoA), onde validadores são entidades confiáveis pré‑selecionadas. Esse consenso traz alta velocidade (até 10.000 TPS) e custos de transação extremamente baixos, essenciais para aplicações empresariais.
O dual token é a base do ecossistema:
- VET: token de valor e participação. Cada VET gera diariamente 0,0002 VTHO (taxa de geração de 0,2%).
- VTHO: token de “gas” usado para executar contratos inteligentes e registrar dados na blockchain.
Essa separação permite que empresas paguem por serviços sem precisar adquirir VET, mantendo a estabilidade das taxas.
2. Tokenomics detalhada
O suprimento total de VET é fixado em 86,7 bilhões de tokens, distribuídos da seguinte forma:
- 48,2% ao público (venda pública e exchanges).
- 12,7% à fundação VeChain.
- 22,5% ao time e conselheiros (com período de vesting de 4 anos).
- 16,6% a parceiros estratégicos e desenvolvedores.
O mecanismo de geração de VTHO cria um fluxo constante de “gas” que sustenta a rede. A taxa de queima de VTHO (0,5% por transação) reduz a oferta ao longo do tempo, o que pode gerar pressão ascendente sobre o preço do VET, já que a demanda por VET aumenta para gerar mais VTHO.
3. Casos de uso reais: da indústria automotiva ao luxo
VeChain tem parcerias estratégicas que demonstram a aplicabilidade da tecnologia:

- DHL: rastreamento de remessas internacionais usando a solução VeChain ToolChain.
- Walmart China: certificação de origem de alimentos frescos.
- BMW: registro de peças de reposição para combater falsificações.
- LVMH: combate à falsificação de produtos de luxo ao registrar cada item na blockchain.
Esses casos reforçam a proposta de valor da VeChain: transparência, redução de fraude e eficiência operacional.
4. Como comprar e armazenar VET com segurança
Para investidores iniciantes, a primeira etapa é adquirir VET em exchanges confiáveis. A guia completo sobre Trading Pairs explica como escolher o par de negociação adequado (por exemplo, VET/USDT). Após a compra, recomenda‑se transferir os tokens para uma carteira que suporte VET e VTHO, como a Hardware Wallet ou a Software Wallet, para garantir a custódia segura.
5. VeChain em Exchanges Centralizadas (CEX) e Descentralizadas (DEX)
Embora a maioria do volume de VET ocorra em exchanges centralizadas como Binance, KuCoin e Coinbase, a crescente adoção de exchanges descentralizadas (DEX) permite negociações sem intermediários, aumentando a liquidez e a resistência à censura.
Para quem prefere DEX, plataformas como Uniswap V3 (via camada Ethereum) e VechainThor DEX oferecem pares VET/ETH ou VET/USDT. A escolha entre CEX e DEX depende do perfil de risco, necessidade de rapidez e preferências de custódia.
6. Staking e geração de VTHO: como maximizar retornos
Ao manter VET em uma carteira compatível, você automaticamente gera VTHO. Algumas plataformas oferecem staking adicional, permitindo que usuários deleguem VET a nós validadores e recebam recompensas em VTHO. As taxas variam entre 5% e 10% ao ano, dependendo do pool escolhido.
É importante considerar a taxa de queima de VTHO (0,5%) ao calcular o retorno líquido. Ferramentas como CoinMarketCap fornecem métricas em tempo real para auxiliar na decisão.

7. Roadmap 2025: o que esperar da VeChain
O roadmap divulgado para 2025 inclui:
- Expansão da ToolChain 2.0 com integrações de IA para análise preditiva de cadeias de suprimentos.
- Lançamento de VeChain Carbon, solução focada em rastreamento de emissões de carbono.
- Parcerias com governos da Ásia‑Pacífico para certificação de documentos públicos.
- Melhorias de escalabilidade, visando atingir 100.000 TPS via sharding.
Essas iniciativas reforçam a posição da VeChain como líder em blockchain empresarial, o que pode impulsionar a demanda por VET nos próximos anos.
8. Riscos e considerações finais
Apesar do potencial, investidores devem estar cientes de alguns riscos:
- Concentração de validadores: o modelo PoA depende de poucos nós confiáveis, o que pode gerar pontos de falha.
- Regulação: mudanças regulatórias na China ou na UE podem impactar projetos de rastreamento de suprimentos.
- Concorrência: outras blockchains como Polygon e Algorand também buscam o mercado de supply chain.
Ao equilibrar oportunidades e riscos, a estratégia recomendada é diversificar, manter VET em carteira de longo prazo e acompanhar de perto as atualizações de parcerias e desenvolvimentos tecnológicos.
Para aprofundar ainda mais seu conhecimento, explore também nossos artigos sobre Exchange Centralizada e OKX – Análise Completa da Exchange.