O que é a tese do banco para os sem‑banco (bank the unbanked)
A expressão “bank the unbanked” tem ganhado destaque nos últimos anos como parte da agenda global de inclusão financeira. Em essência, trata‑se da proposta de levar serviços bancários – contas, pagamentos, crédito e poupança – a pessoas que hoje vivem à margem do sistema financeiro tradicional.
Origem da tese e seu vínculo com a tecnologia
O conceito surgiu em fóruns internacionais, como o World Bank e o Fundo Monetário Internacional, que apontam que cerca de 1,7 bilhão de adultos ainda não possuem conta bancária. A digitalização, especialmente via blockchain e fintechs, oferece ferramentas de baixo custo e alta escalabilidade para atender esse público.
Como a DeFi está mudando o cenário bancário
A DeFi (Finanças Descentralizadas) permite que qualquer pessoa, com acesso à internet, abra uma carteira digital, empreste, tome emprestado ou forneça liquidez sem precisar de um banco tradicional. Essa camada de serviços abre caminho para a realização da tese “bank the unbanked”.
CBDCs e Real Digital: pontes entre bancos e população não bancarizada
As CBDCs (Moedas Digitais de Bancos Centrais) e o Real Digital no Brasil são exemplos de iniciativas governamentais que buscam combinar a confiança do Banco Central com a acessibilidade da tecnologia digital. Ao oferecer uma moeda oficial em formato digital, esses projetos podem ser integrados a aplicativos de pagamento simples, facilitando o acesso de quem nunca teve conta bancária.
Desafios e oportunidades
- Infraestrutura digital: Ainda há regiões com conectividade limitada, o que impede a adoção massiva.
- Educação financeira: Usuários precisam entender como proteger suas chaves privadas e usar carteiras digitais com segurança.
- Regulação: Os marcos regulatórios precisam equilibrar a inovação com a proteção contra fraudes.
Superados esses obstáculos, a tese do banco para os sem‑banco pode reduzir a desigualdade econômica, ampliar o acesso ao crédito e criar novas oportunidades de investimento para milhões de brasileiros.
Conclusão
A combinação de DeFi, CBDCs e projetos como o Real Digital está colocando o Brasil na vanguarda da inclusão financeira. A tese “bank the unbanked” deixa de ser apenas um ideal e passa a ser uma estratégia prática, impulsionada por tecnologia e políticas públicas.