Quais blockchains são compatíveis com EVM? Guia completo para 2025

Desde o lançamento da Ethereum Virtual Machine (EVM), desenvolvedores e investidores têm buscado blockchains que ofereçam compatibilidade total com essa máquina virtual. A EVM permite que contratos inteligentes escritos em Solidity ou Vyper sejam executados em qualquer rede que a suporte, ampliando drasticamente o ecossistema de aplicativos descentralizados (dApps). Neste artigo, vamos explorar as principais blockchains compatíveis com EVM, analisar suas características técnicas, vantagens e casos de uso, além de mostrar como conectar sua MetaMask a essas redes.

1. O que significa ser compatível com EVM?

Uma blockchain EVM‑compatible implementa a mesma interface de execução de contratos inteligentes que a rede Ethereum. Isso implica:

• Suporte a bytecode Ethereum.
• Ferramentas de desenvolvimento (Hardhat, Truffle, Remix) funcionam sem alterações.
• Possibilidade de migrar dApps de Ethereum para a nova rede com custos de gás menores ou maior velocidade.

Essa compatibilidade cria um ecossistema interoperável, onde usuários podem movimentar tokens e contratos entre diferentes cadeias usando bridges.

2. Principais blockchains compatíveis com EVM

A seguir, listamos as redes mais relevantes que suportam a EVM, destacando seus diferenciais.

2.1 Binance Smart Chain (BSC)

A BSC, lançada pela Binance, foi uma das primeiras a adotar a EVM, oferecendo transações rápidas e taxas baixas. Seu consenso Proof‑of‑Staked Authority (PoSA) combina Proof‑of‑Stake com autoridades validadoras, garantindo alta performance.

Saiba mais em O que é a Binance Smart Chain (BSC) – Guia Completo 2025.

2.2 Polygon (MATIC)

Polygon funciona como uma solução Layer 2 para Ethereum, mas também opera como uma blockchain independente totalmente compatível com EVM. Seu modelo de sidechain permite escala de milhares de transações por segundo com custos quase nulos.

Confira detalhes em Polygon (MATIC) Layer 2: Guia Completo de Escalabilidade, Segurança e Oportunidades em 2025.

2.3 Avalanche (C‑Chain)

A Avalanche possui três cadeias nativas; a C‑Chain (Contract Chain) é 100% compatível com EVM. Utiliza um mecanismo de consenso chamado Avalanche consensus, que oferece finalização em menos de um segundo.

2.4 Fantom (Opera)

Fantom opera com o consenso Lachesis, um protocolo aBFT que entrega alta velocidade e baixas taxas. A rede Opera é totalmente EVM‑compatible, facilitando a migração de projetos DeFi.

2.5 Arbitrum e Optimism (Rollups)

Embora sejam soluções de Layer 2 sobre Ethereum, ambos mantêm compatibilidade total com a EVM, permitindo que dApps existentes aproveitem escala sem sacrificar a segurança da camada base.

2.6 outras blockchains emergentes

Redes como Moonbeam (Polkadot), Celo, Harmony e OKExChain também adotaram a EVM, cada uma trazendo características específicas de governança e performance.

3. Como escolher a blockchain EVM‑compatible ideal?

A decisão depende de três pilares:

1. Taxas de gas: BSC e Polygon são as mais baratas; Avalanche e Fantom ficam no meio.
2. Velocidade de confirmação: Avalanche (≈1 s) e Arbitrum (≈2 s) são as mais rápidas.
3. Ecossistema de DeFi: BSC tem a maior quantidade de DEXs (PancakeSwap, BakerySwap). Polygon possui Polygon Studios e parcerias com grandes projetos.

Além disso, verifique a documentação oficial da Ethereum para entender as nuances técnicas da EVM.

4. Conectando a MetaMask a uma blockchain EVM‑compatible

MetaMask, a carteira mais popular, permite a adição de redes personalizadas em poucos cliques. O processo geral:

1. Abra a extensão MetaMask e clique em Network → Add Network.
2. Preencha os campos com as informações da rede desejada (ex.: BSC Mainnet: RPC URL https://bsc-dataseed.binance.org/, Chain ID 56, símbolo BNB, explorador https://bscscan.com).
3. Salve e troque para a nova rede.

Para detalhes passo‑a‑passo, visite Como usar a MetaMask: Guia completo passo a passo para iniciantes e avançados.

5. Pontos críticos de segurança ao usar blockchains EVM

Mesmo com a familiaridade da EVM, vulnerabilidades podem surgir:

• Reentrancy attacks: contratos mal escritos podem ser explorados; use o padrão checks‑effects‑interactions.
• Phishing de RPC: sempre confirme URLs de nós públicos (ex.: https://rpc.ankr.com/avalanche).
• Bridge exploits: ao mover ativos entre cadeias, prefira bridges auditadas como Gnosis Bridge.

6. Futuro das blockchains EVM‑compatible

Com a chegada do EIP‑1559 e da Ethereum Shanghai Upgrade, espera‑se que a própria Ethereum reduza ainda mais as taxas, pressionando as sidechains a oferecerem valor agregado (ex.: privacidade, interoperabilidade). Projetos como LayerZero e Axelar prometem conectar todas as redes EVM de forma fluida, criando um verdadeiro multichain universe.

Conclusão

As blockchains compatíveis com EVM já formam um ecossistema robusto, oferecendo opções para desenvolvedores que buscam velocidade, baixo custo ou maior segurança. Ao escolher a rede ideal, considere taxa de gas, velocidade, suporte da comunidade e, sobretudo, a segurança das bridges que você pretende usar. Com as ferramentas certas – MetaMask, Hardhat e auditorias de contrato – você pode criar e migrar dApps com confiança, aproveitando o melhor da interoperabilidade que a EVM proporciona.