Play to Earn: Como Ganhar Cripto Jogando Games em 2025
Nos últimos anos, o modelo play to earn (jogar para ganhar) revolucionou a forma como os gamers interagem com jogos digitais, transformando o entretenimento em uma fonte potencial de renda. Com a consolidação das blockchains de alta performance, como Solana, Polygon e a emergente Ethereum 2.0, o ecossistema de jogos blockchain ganhou escala, segurança e usabilidade, permitindo que jogadores brasileiros – de iniciantes a intermediários – lucrem em criptomoedas reais.
Principais Pontos
- Entenda o que é o modelo play to earn e como ele difere dos jogos tradicionais.
- Descubra as principais plataformas e jogos que pagam em cripto no Brasil.
- Aprenda a montar a carteira digital ideal para receber recompensas.
- Conheça os riscos, regulamentações brasileiras e estratégias de mitigação.
- Saiba o que o futuro reserva para o setor em 2025 e além.
O que é Play to Earn?
Play to Earn (P2E) refere‑se a jogos que recompensam os jogadores com ativos digitais – tokens, NFTs (tokens não fungíveis) ou criptomoedas – por completarem missões, vencerem batalhas ou simplesmente participarem da comunidade. Ao contrário dos modelos tradicionais, onde o jogador paga para jogar ou compra itens que não têm valor fora do ambiente do jogo, no P2E os ativos têm valor real e podem ser negociados em exchanges descentralizadas ou marketplaces de NFTs.
Como funciona a tokenização nos jogos
Os desenvolvedores criam um token nativo (por exemplo, AXS no Axie Infinity) que serve como moeda interna. Cada ação do jogador — como derrotar um inimigo ou criar um item — gera recompensas que são registradas em contratos inteligentes. Esses contratos garantem transparência, imutabilidade e, sobretudo, a possibilidade de retirar o token para a carteira pessoal do usuário.
Principais Jogos Play to Earn no Brasil
O mercado global conta com centenas de títulos, mas alguns se destacam pela comunidade brasileira e pela maturidade dos ecossistemas.
Axie Infinity
Considerado o pioneiro do gênero, Axie Infinity permite que jogadores coletem, criem e batalhem com criaturas chamadas Axies. Cada Axie é um NFT com atributos únicos. Em 2025, o jogo migrou para a blockchain Polygon, reduzindo drasticamente as taxas de gas, o que tornou a experiência mais acessível ao público brasileiro, onde o custo médio de transação caiu para menos de R$0,10.
The Sandbox
Um universo virtual onde os usuários podem comprar terrenos digitais (LAND), construir experiências interativas e monetizá‑las via o token SAND. O Sandbox tem atraído marcas brasileiras, como a Havaianas, que criam eventos virtuais para engajar consumidores e gerar receita tanto para a marca quanto para os criadores de conteúdo.
Decentraland
Um dos primeiros mundos virtuais em 3D, Decentraland funciona na Ethereum e utiliza o token MANA. No Brasil, o projeto tem sido usado para eventos de música eletrônica, feiras de arte NFT e até conferências de tecnologia, oferecendo oportunidades de renda para artistas digitais e organizadores.
Illuvium
Um RPG de exploração com gráficos AAA que roda na Ethereum Layer‑2 Immutable X. Illuvium combina colecionáveis de alta qualidade com um modelo de batalha estratégica, permitindo que jogadores ganhem tokens ILV e NFTs que podem ser vendidos em marketplaces como OpenSea.
Star Atlas
Um jogo de ficção científica que utiliza a blockchain Solana, oferecendo velocidade de transação e custos quase nulos. No Star Atlas, os jogadores podem adquirir naves, planetas e recursos que são tokenizados, podendo ser negociados em exchanges como a Binance ou a Mercado Bitcoin.
Modelos de Monetização em Play to Earn
Existem três formas principais de gerar renda dentro de jogos P2E:
1. Recompensas por Gameplay
Ao completar missões ou derrotar adversários, o jogador recebe tokens ou NFTs. Essas recompensas podem ser vendidas imediatamente ou mantidas como investimento.
2. Economia de Usuário‑Gerado (UGC)
Jogadores criam itens, skins ou até mundos inteiros que podem ser comprados por outros usuários. Os criadores recebem uma porcentagem em tokens a cada venda, semelhante a royalties.
3. Staking e Yield Farming Dentro do Jogo
Alguns jogos permitem que os usuários façam staking de seus tokens nativos para ganhar juros ou participar de governança. Por exemplo, no Axie Infinity, o token AXS pode ser staked para receber recompensas adicionais e votar em decisões de desenvolvimento.
Riscos e Desafios do Play to Earn
Embora a promessa de ganhar dinheiro seja atraente, o modelo P2E apresenta riscos que precisam ser compreendidos.
Volatilidade de Mercado
Os tokens de jogos são altamente voláteis. Um token que vale R$15 hoje pode cair para R$2 em poucos meses, impactando diretamente a rentabilidade do jogador.
Barreiras de Entrada
Alguns jogos exigem um investimento inicial para comprar NFTs ou terrenos. Em 2025, o preço médio de um Axie no mercado secundário está em torno de R$300, o que pode ser um obstáculo para iniciantes.
Regulamentação no Brasil
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ainda está definindo como classificar tokens de jogos. Enquanto não houver clareza regulatória, os usuários podem enfrentar dificuldades ao converter cripto‑ganhos em reais via corretoras tradicionais.
Segurança e Fraudes
Plataformas não auditadas podem conter vulnerabilidades. É essencial usar carteiras hardware (como Ledger ou Trezor) e habilitar autenticação de dois fatores nas exchanges.
Aspectos Regulatórios no Brasil
Em 2024, o Banco Central lançou o Regulamento de Ativos Digitais, que trouxe regras de combate à lavagem de dinheiro (AML) e exigências de KYC (Know Your Customer) para exchanges. Para jogadores de P2E, isso significa que ao transferir tokens para uma corretora brasileira, será necessário validar identidade e origem dos fundos.
Imposto de Renda
Ganhos obtidos com a venda de NFTs ou tokens são tributáveis. A Receita Federal considera essas transações como ganhos de capital, com alíquota de 15% sobre lucros acima de R$35 mil por ano. É recomendável manter registros detalhados de cada operação.
Estratégias para Iniciantes no Play to Earn
Se você está começando, siga estas etapas para minimizar riscos e maximizar retornos.
1. Escolha a Carteira Certa
Use carteiras compatíveis com a blockchain do jogo. Para Polygon e Ethereum, a MetaMask é a mais popular; para Solana, a Phantom oferece boa usabilidade.
2. Comece com Jogos de Baixo Custo
Jogos como Splinterlands ou Alien Worlds exigem poucos dólares de investimento inicial, permitindo que você teste o modelo antes de migrar para títulos mais caros.
3. Diversifique seus Ativos
Não concentre todo o capital em um único token ou NFT. Distribua o investimento entre diferentes jogos e, se possível, mantenha parte em stablecoins (USDT, USDC) para reduzir exposição à volatilidade.
4. Monitore Comunidades e Atualizações
Participar de grupos no Discord, Telegram e fóruns como Bitcointalk ajuda a ficar por dentro de atualizações de patches, airdrops e eventos que podem gerar recompensas adicionais.
5. Use Ferramentas de Análise
Plataformas como Dune Analytics e Nansen oferecem dashboards que exibem métricas de volume, holders e movimentos de tokens, permitindo decisões baseadas em dados.
Ferramentas e Carteiras Recomendadas para Jogadores Brasileiros
| Ferramenta | Blockchain Compatível | Principais Vantagens |
|---|---|---|
| MetaMask | Ethereum, Polygon, BSC | Interface amigável, extensões Chrome/Firefox |
| Phantom | Solana | Taxas de transação quase zero, integração com NFTs |
| Ledger Nano X | Multichain | Segurança hardware, suporte a tokens ERC‑20 e SPL |
| Coinbase Wallet | Ethereum, Polygon | Integração direta com exchange Coinbase Brasil |
O Futuro do Play to Earn em 2025 e Além
As previsões para o setor apontam para três tendências principais:
Integração com Metaversos Corporativos
Grandes empresas brasileiras, como a Petrobras e o Banco do Brasil, já estão testando ambientes virtuais para treinamento e engajamento de clientes, incorporando mecânicas P2E para recompensar a participação.
Uso de Inteligência Artificial para Balanceamento Econômico
Desenvolvedores estão empregando IA para ajustar dinamicamente a emissão de tokens, evitando inflação excessiva e mantendo a sustentabilidade econômica dos jogos.
Regulação Mais Clara e Incentivos Fiscais
Projetos de lei em tramitação podem criar incentivos fiscais para desenvolvedores de jogos blockchain que gerem empregos no setor de tecnologia, impulsionando ainda mais a produção nacional.
Conclusão
O modelo play to earn chegou para ficar, oferecendo aos gamers brasileiros uma nova forma de transformar tempo de lazer em renda real. Contudo, o sucesso depende de conhecimento técnico, gestão de risco e atenção às normas regulatórias. Ao escolher os jogos certos, usar carteiras seguras e manter-se atualizado sobre tendências de mercado, você pode participar desse ecossistema em crescimento de forma consciente e lucrativa.