As criptomoedas deixaram de ser um nicho de entusiastas para se tornarem um fenômeno global. Hoje, dezenas de países já incorporam moedas digitais em seu cotidiano, seja como meio de pagamento, reserva de valor ou ferramenta de inovação financeira. Neste artigo, vamos analisar detalhadamente quais são os países que usam criptomoedas, como suas políticas regulatórias influenciam a adoção, quais benefícios e desafios enfrentam, e o que isso significa para investidores e usuários.
1. Panorama mundial da adoção de criptomoedas
Segundo o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), mais de 40% da população adulta em alguns países já possui ou utiliza alguma forma de cripto. A adoção varia amplamente devido a fatores como infraestrutura tecnológica, políticas fiscais, estabilidade econômica e cultura digital.
Os principais indicadores usados para medir a adoção são:
- Volume de transações on‑chain: quantidade de transferências registradas nas blockchains.
- Penetração de carteiras digitais: número de usuários com wallets ativas.
- Investimento institucional: participação de fundos, bancos e empresas.
Esses dados revelam que a adoção não está restrita a economias avançadas; na verdade, muitos países emergentes lideram o ranking devido a crises inflacionárias ou à busca por alternativas ao sistema bancário tradicional.
2. Os 10 principais países que usam criptomoedas
A seguir, apresentamos os países que se destacam em diferentes aspectos da utilização de criptomoedas.
2.1. El Salvador
Em 2021, o El Salvador tornou‑se o primeiro país a reconhecer o Bitcoin como moeda legal. Essa medida impulsionou a criação de carteiras digitais gratuitas para a população e gerou um aumento significativo no número de transações locais.
2.2. Ucrânia
Durante o conflito, a Ucrânia adotou criptomoedas como ferramenta de arrecadação de fundos e para contornar sanções. O governo lançou um portal oficial de doações em cripto, facilitando a entrada de moedas como USDT e USDC.
2.3. Nigeria
Com mais de 33 milhões de usuários de cripto, a Nigéria lidera a África em volume de transações. A instabilidade da moeda local (naira) e a alta taxa de bancarização impulsionam a busca por alternativas digitais.
2.4. Alemanha
Na Europa, a Alemanha destaca‑se por sua abordagem regulatória clara. O país reconhece as criptomoedas como ativos financeiros, permitindo que bancos ofereçam serviços de custódia e negociação.

2.5. Portugal
Portugal tem atraído cripto‑entusiastas devido à sua política fiscal favorável. Conforme o Guia de Impostos sobre criptomoedas em Portugal, ganhos de capital de pessoa física são isentos de tributação, o que incentiva a compra e o uso diário.
2.6. Japão
O Japão foi um dos primeiros países a regulamentar exchanges, criando um ambiente seguro para investidores. A aceitação de cripto por grandes varejistas e a integração com sistemas de pagamento como o PayPay aumentam a visibilidade das moedas digitais.
2.7. Suíça
Conhecida como “Crypto Valley”, a Suíça oferece infraestrutura de alta qualidade e incentivos fiscais para startups de blockchain. O país é referência em custódia institucional e tokenização de ativos.
2.8. Índia
Apesar de um cenário regulatório complexo, a Índia apresenta um dos maiores volumes de negociação de cripto da Ásia. A recente proposta de tributação de 30% sobre ganhos de capital mostra a intenção de trazer clareza ao mercado.
2.9. Estados Unidos
Os EUA lideram em termos de capital de risco investido em projetos de blockchain. As diferentes abordagens estaduais (por exemplo, Wyoming) criam um mosaico regulatório que, embora complexo, permite inovação.
2.10. Brasil
O Brasil tem uma comunidade cripto vibrante, com mais de 20 milhões de usuários ativos. A regulação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a adoção de stablecoins como o BRL Token apontam para um futuro de maior integração financeira.
3. Como a regulação influencia a adoção
A presença de um marco legal claro costuma ser o principal catalisador para a expansão do uso de criptomoedas. Vejamos alguns exemplos:
- Regulamentação favorável: Portugal (isenção de impostos) e Suíça (regime de incentivos) atraem investidores e startups.
- Regulação restritiva: China proibiu todas as transações de cripto em 2021, reduzindo drasticamente a atividade no país.
- Ambiguidade regulatória: Índia e EUA ainda buscam um consenso, gerando incertezas, mas também oportunidades para inovação.
Para entender melhor a dinâmica regulatória na Europa, confira o artigo Regulação de criptomoedas na Europa: o que você precisa saber em 2025.

4. Benefícios e desafios do uso de criptomoedas nos países
Benefícios:
- Inclusão financeira: pessoas sem acesso a bancos podem participar da economia digital.
- Rapidez nas transferências internacionais: custos menores e liquidação quase instantânea.
- Proteção contra inflação: ativos digitais como Bitcoin são vistos como reserva de valor em economias hiperinflacionárias.
Desafios:
- Volatilidade: flutuações de preço podem impedir o uso cotidiano.
- Segurança: ataques a exchanges e carteiras ainda são comuns; a segurança de criptomoedas é prioridade.
- Regulação: mudanças abruptas podem impactar negativamente negócios e usuários.
5. O futuro da adoção global
Projetos de central bank digital currencies (CBDCs) estão em desenvolvimento em mais de 60 países, segundo o World Bank. Embora CBDCs não sejam criptomoedas descentralizadas, sua existência pode legitimar ainda mais o uso de ativos digitais.
Além disso, a integração de cripto com DeFi (Finanças Descentralizadas) e Web3 cria novos casos de uso: empréstimos peer‑to‑peer, seguros automatizados e tokenização de ativos reais.
6. Como começar a usar criptomoedas no seu país
Se você deseja participar desse ecossistema, siga estes passos básicos:
- Escolha uma exchange confiável. No Brasil, opções como Corretoras de Cripto com Taxas Baixas são recomendadas.
- Crie uma carteira digital (software ou hardware). Para máxima segurança, considere uma Ledger Nano X.
- Faça a verificação de identidade (KYC) conforme exigido pela exchange.
- Compre a criptomoeda de sua escolha (Bitcoin, Ethereum, stablecoins, etc.).
- Transfira os ativos para sua carteira pessoal e comece a usar em pagamentos ou investimentos.
Lembre‑se sempre de diversificar e manter boas práticas de segurança, como autenticação de dois fatores e backups de chaves.
7. Conclusão
Os países que usam criptomoedas representam um mosaico diverso de realidades econômicas e políticas. Enquanto nações como El Salvador e Portugal incentivam a adoção com políticas favoráveis, outras mantêm uma postura mais cautelosa ou até proibitiva. O futuro aponta para uma maior integração entre cripto, CBDCs e soluções de DeFi, criando oportunidades tanto para usuários finais quanto para investidores institucionais.
Entender o panorama regulatório, os benefícios e os desafios de cada região é essencial para quem deseja operar no mercado global de cripto. Continue acompanhando nosso site para atualizações sobre regulação, segurança e estratégias de investimento.