O que são os “indexadores” e “curadores” no The Graph: Guia Completo para Desenvolvedores Web3

O que são os “indexadores” e “curadores” no The Graph

O The Graph é a camada de indexação que permite que aplicativos descentralizados (dApps) consultem dados de blockchain de forma rápida e eficiente. Seu funcionamento gira em torno de três papéis principais: indexadores, curadores e consumidores. Neste artigo vamos mergulhar nos papéis de indexadores e curadores, explicando como eles interagem, quais são suas recompensas e por que são essenciais para a infraestrutura Web3.

1. Indexadores: quem são e como operam?

Um indexador é um operador de nó que executa duas tarefas fundamentais:

  • Coleta e processa eventos e chamadas de leitura (calls) de contratos inteligentes em uma blockchain suportada (Ethereum, Polygon, Arbitrum etc.).
  • Constrói e mantém subgraphs – esquemas que transformam dados on‑chain em um formato consultável via GraphQL.

Para operar, o indexador precisa fazer um staking de GRT (token nativo do The Graph). Esse stake serve como garantia contra comportamento malicioso e permite que o indexador receba recompensas provenientes de duas fontes:

  • Taxas de consulta pagas pelos consumidores que utilizam o subgraph.
  • Taxas de curadoria pagas pelos curadores que sinalizam a qualidade dos subgraphs.

Os indexadores são, portanto, os responsáveis por garantir que os dados estejam sempre disponíveis, atualizados e com baixa latência.

2. Curadores: o papel de quem garante a qualidade

Um curador não roda um nó, mas tem uma função crucial: sinalizar quais subgraphs são confiáveis e úteis. O curador faz isso apostando GRT em um subgraph específico. Essa aposta funciona como um voto de confiança:

  • Quanto mais GRT um curador delega a um subgraph, maior a sua signal (sinal).
  • O sinal influencia a ordem de atribuição de consultas aos indexadores – subgraphs com maior sinal recebem mais tráfego e, consequentemente, geram mais receita para os indexadores que os hospedam.

Em troca, os curadores recebem uma parte das taxas de consulta proporcional ao seu sinal, incentivando-os a apoiar apenas subgraphs de alta qualidade.

3. Como indexadores e curadores interagem?

O fluxo de valor pode ser resumido em três etapas:

  1. Curadores sinalizam subgraphs que consideram úteis, depositando GRT.
  2. Indexadores recebem consultas de consumidores e, com base no sinal dos curadores, escolhem quais subgraphs servir.
  3. As taxas de consulta são distribuídas entre indexadores (por provedor de serviço) e curadores (por sinal de qualidade).

Esse mecanismo cria um mercado de qualidade descentralizado, onde a competição entre indexadores garante rapidez e disponibilidade, enquanto a competição entre curadores assegura a relevância dos dados.

4. Por que isso importa para desenvolvedores e projetos Web3?

Ao construir um dApp, você não precisa criar seu próprio backend de indexação. Basta publicar um subgraph no The Graph, atrair curadores que acreditem no seu projeto e deixar que os indexadores façam o trabalho pesado. Isso reduz custos operacionais, acelera o time‑to‑market e mantém a solução totalmente descentralizada.

5. Boas práticas para quem quer se tornar indexador ou curador

  • Para indexadores: escolha subgraphs com alto volume de consultas e sinal de curadores confiáveis. Diversifique seu portfólio para mitigar risco de concentração.
  • Para curadores: faça uma due diligence dos subgraphs, analise a documentação, a comunidade e a robustez do código. Aposte GRT gradualmente, monitorando o desempenho.

6. Recursos adicionais

Para aprofundar ainda mais, confira os artigos internos que complementam este tema:

7. Links externos de autoridade

Para detalhes técnicos e a documentação oficial, visite:

Compreender o papel dos indexadores e curadores é essencial para quem deseja construir aplicativos escaláveis e verdadeiramente descentralizados. Aproveite o ecossistema do The Graph e participe desse mercado de dados on‑chain em constante evolução.