Doações de Caridade com Criptomoedas: Guia Completo para 2025
Nos últimos anos, as criptomoedas deixaram de ser apenas um ativo de investimento para se tornarem uma ferramenta poderosa para o terceiro setor. Organizações não‑governamentais (ONGs), fundações e projetos sociais ao redor do mundo estão adotando moedas digitais como Bitcoin, Ethereum, USDC e outras stablecoins para ampliar seu alcance, reduzir custos e garantir transparência nas doações.
Por que as criptomoedas são uma solução inovadora para doações?
- Velocidade e alcance global: Transferências são concluídas em minutos, independentemente da localização do doador ou da organização.
- Baixos custos de transação: Em comparação com bancos tradicionais, as taxas são significativamente menores, sobretudo ao usar stablecoins.
- Transparência e rastreabilidade: Cada transação fica registrada em um ledger público, permitindo auditorias em tempo real.
- Inclusão financeira: Pessoas sem conta bancária podem participar de campanhas globais apenas com um smartphone.
Como iniciar a doação de criptomoedas
Se você ainda não sabe por onde começar, siga este passo‑a‑passo:
- Escolha a moeda: Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) são as mais aceitas, mas stablecoins como USDC e USDT oferecem estabilidade de preço.
- Crie ou use uma carteira segura: Como usar a MetaMask é um bom ponto de partida para quem prefere wallets não‑custodiais.
- Localize a ONG que aceita cripto: Verifique a página de doação da organização ou consulte diretórios como UNICEF – Crypto Donations.
- Envie a doação: Copie o endereço da wallet da ONG e confirme a transação. Guarde o hash (TXID) como comprovante.
- Solicite recibo fiscal: Muitas ONGs já emitem recibos reconhecidos pela Receita Federal para doações em cripto.
Tipos de criptomoedas mais usadas em doações
A seguir, detalhamos as opções mais populares e seus benefícios:
Bitcoin (BTC)
É a moeda mais conhecida, aceita por grandes instituições como a World Bank. Apesar da volatilidade, muitas ONGs convertem imediatamente para moeda fiduciária.

Ethereum (ETH) e tokens ERC‑20
Permite doações em forma de tokens, facilitando a integração com contratos inteligentes que automatizam a distribuição de recursos.
Stablecoins (USDC, USDT)
São moedas atreladas ao dólar, eliminando o risco de flutuação. Ideal para projetos que precisam de previsibilidade financeira.
Casos de sucesso no Brasil e no mundo
Várias iniciativas já demonstram o impacto positivo das doações em cripto:
- Projeto Bitcoin Brasil: Recolheu mais de US$ 500 mil em BTC para apoiar comunidades vulneráveis durante a pandemia.
- UNICEF Brasil: Aceita doações em USDC, proporcionando rastreabilidade completa dos fundos destinados à educação.
- Fundação Red Cross Portugal: Utiliza Ethereum para automatizar pagamentos a refugiados, reduzindo burocracia.
Desafios e cuidados ao doar criptomoedas
Embora as vantagens sejam claras, alguns cuidados são essenciais:

- Regulamentação: No Brasil, a Receita Federal exige declaração de ativos digitais. Consulte um contador especializado.
- Segurança: Use wallets hardware ou software com autenticação de dois fatores. Veja o Guia Definitivo de Segurança de Criptomoedas para aprofundar.
- Volatilidade: Se a ONG não converte imediatamente, o valor pode variar. Prefira stablecoins se desejar previsibilidade.
Como as ONGs podem se preparar para receber cripto
Organizações que ainda não aceitam moedas digitais podem seguir estas etapas:
- Educar a equipe sobre blockchain e wallets.
- Selecionar uma ou duas moedas iniciais (ex.: USDC e BTC).
- Implementar um processo de conversão rápida com exchanges confiáveis.
- Divulgar transparência usando exploradores de blockchain.
- Integrar doações a plataformas de fundraising que suportam cripto, como Guia Definitivo de Criptomoedas para Iniciantes.
Impacto futuro: tendências para 2025 e além
O cenário está evoluindo rapidamente. Em 2025, espera‑se que:
- Regulamentações claras incentivem mais ONGs a aceitar cripto.
- Contratos inteligentes automatizem a liberação de fundos conforme metas atingidas.
- Plataformas DeFi (Finanças Descentralizadas) ofereçam rendimentos sobre doações, ampliando o impacto social. Veja nosso Guia Completo de Finanças Descentralizadas (DeFi) para entender o potencial.
Ao adotar criptomoedas, o terceiro setor ganha eficiência, transparência e alcance global, criando um ciclo virtuoso de solidariedade digital.