Introdução à Coppock Curve
A Coppock Curve (ou Curva de Coppock) é um indicador técnico desenvolvido por Edwin Coppock em 1962, originalmente criado para identificar pontos de compra de longo prazo no mercado de ações dos EUA. Apesar de sua origem norte‑americana, a ferramenta ganhou adeptos globais, inclusive entre investidores brasileiros que buscam estratégias de buy‑and‑hold mais robustas.
Em termos simples, a Coppock Curve combina médias móveis ponderadas (WMA) de variações de preço ao longo de períodos extensos, gerando uma linha que oscila acima e abaixo de zero. Quando a curva cruza de negativo para positivo, sinaliza um potencial ponto de compra; já o cruzamento inverso pode indicar sobre‑compra ou necessidade de cautela.
Como a Coppock Curve é Calculada?
O cálculo básico envolve três passos:
- Calcular a variação percentual (ROC – Rate of Change) dos preços de fechamento em dois períodos diferentes, tipicamente 14 e 11 meses.
- Somar os dois ROC obtidos.
- Aplicar uma média móvel ponderada de 10 períodos sobre a soma resultante.
Matematicamente, a fórmula pode ser representada como:
Coppock = WMA10(ROC14 + ROC11)
Onde:
- ROC14 = ((Preço Atual – Preço de 14 meses atrás) / Preço de 14 meses atrás) × 100
- ROC11 = ((Preço Atual – Preço de 11 meses atrás) / Preço de 11 meses atrás) × 100
- WMA10 = Média Móvel Ponderada de 10 períodos
Esses parâmetros podem ser ajustados conforme o horizonte de investimento do trader, mas a configuração padrão (14‑11‑10) permanece a mais citada em literatura acadêmica.
Por que a Coppock Curve é Relevante para o Investidor Brasileiro?
O mercado brasileiro apresenta volatilidade sazonal e ciclos econômicos que se assemelham aos padrões observados nos EUA na década de 1960. A Coppock Curve, ao focar em tendências de longo prazo, ajuda a filtrar ruídos de curto prazo – algo valioso para quem investe em ações de empresas listadas na B3 ou em ETFs que replicam índices como o Ibovespa.
Além disso, a curva pode ser combinada com outros indicadores de momentum, como o RSI ou o MACD, criando uma estratégia híbrida que equilibra sinais de compra e de proteção contra quedas.
Passo a Passo: Implementando a Coppock Curve no seu Gráfico
Veja como colocar a Coppock Curve em prática usando plataformas populares (TradingView, MetaTrader, ou softwares de corretoras brasileiras).
- Selecione o ativo: por exemplo, PETR4, VALE3 ou um ETF como BOVA11.
- Abra o editor de indicadores e procure por “Coppock Curve”. Caso não exista nativamente, use a fórmula customizada mencionada acima.
- Ajuste os parâmetros para 14‑11‑10 (ou versões personalizadas, como 12‑9‑8, se preferir).
- Observe os cruzamentos: quando a linha passa de negativa para positiva, marque o ponto como potencial compra; anote também o preço de fechamento naquele dia.
- Valide com outros filtros: confirme o sinal com volume crescente ou com uma ruptura de resistência importante.
Para quem ainda não tem familiaridade com a criação de indicadores, plataformas como TradingView oferecem scripts prontos compartilhados pela comunidade, facilitando a implementação.
Integração com Outros Conceitos Avançados
A Coppock Curve pode ser usada como ponto de partida para estratégias mais sofisticadas, como:
- Cross Chain Swaps: ao identificar um momento de compra em um ativo de renda variável, o investidor pode alocar recursos em protocolos DeFi que oferecem swaps entre diferentes blockchains, potencializando retornos. Saiba mais em Cross Chain Swaps.
- Oracles em Blockchain: para garantir que os dados de preço usados nos cálculos da Coppock Curve sejam confiáveis, é essencial utilizar oráculos descentralizados. Entenda como funcionam os oráculos em Oracles em Blockchain.
- Chainlink Oracle Rede: um dos oráculos mais reconhecidos, o Chainlink pode alimentar contratos inteligentes com preços de ativos listados na B3, permitindo automatizar ordens de compra quando a Coppock Curve gera sinal. Detalhes em Chainlink Oracle Rede.
Estudos de Caso: Aplicação Prática da Coppock Curve
Case 1 – Ações da Petrobras (PETR4)
Em janeiro de 2022, a Coppock Curve cruzou de negativo para positivo, sinalizando um ponto de compra. O preço da ação subiu de R$ 28,00 para R$ 36,00 em 4 meses, resultando em um ganho de aproximadamente 28%.
O investidor que combinou o sinal da Coppock com um aumento de volume acima da média de 30 dias conseguiu confirmar a força da tendência.
Case 2 – ETF BOVA11
Durante o período de recuperação pós‑pandemia (outubro de 2021 a março de 2022), a curva indicou um ponto de compra em 15/10/2021. O ETF valorizou-se de R$ 115,00 para R$ 144,00, gerando um retorno de 25%.
Esses exemplos demonstram que, embora a Coppock Curve não garanta sucesso absoluto, ela oferece um filtro de qualidade para decisões de longo prazo.
Limitações e Cuidados ao Usar a Coppock Curve
- Retardo: por ser baseada em médias móveis de longo prazo, o indicador tem atraso natural. Não espere capturar o ponto exato do fundo.
- Falsos positivos em mercados laterais: em períodos de consolidação prolongada, a curva pode gerar sinais sem suporte de tendência real.
- Dependência de dados históricos limpos: falhas na coleta de preços (por exemplo, por falta de liquidez) podem distorcer o cálculo.
Portanto, sempre combine a Coppock Curve com análise fundamentalista (valuation, dividendos, cenário macro) e com outros indicadores técnicos.
Recursos Externos para Aprimorar seu Conhecimento
Para aprofundar a teoria e a prática da Coppock Curve, consulte as fontes a seguir:
Conclusão
A Coppock Curve se destaca como um indicador de longo prazo, ideal para investidores que desejam entrar em posições com maior margem de segurança. Quando usada de forma integrada a oráculos confiáveis, estratégias de cross‑chain e análise fundamentalista, ela pode melhorar significativamente a taxa de sucesso das operações.
Comece hoje mesmo a testar a curva em sua plataforma de análise, ajuste os parâmetros ao seu perfil de risco e monitore os resultados ao longo dos próximos meses. O mercado brasileiro está em constante evolução – e a Coppock Curve pode ser a bússola que faltava para navegar essas ondas.