Alchemy 2025: Mercado e Casos de Uso no Brasil

Em 2025, a Alchemy consolidou-se como a principal camada de infraestrutura para desenvolvedores que constroem aplicações sobre o Ethereum e outras blockchains compatíveis. Seu conjunto de APIs, ferramentas de monitoramento e serviços de escalabilidade tem sido decisivo para reduzir a complexidade técnica e acelerar a entrega de produtos inovadores. No Brasil, onde o ecossistema cripto evolui rapidamente, a presença da Alchemy tem gerado um efeito multiplicador: startups de DeFi, plataformas de NFTs e projetos de gaming encontram na empresa um parceiro confiável para lidar com alta demanda, segurança e custos operacionais. Este artigo analisa, sob a perspectiva de mercado, como a Alchemy está sendo adotada por empresas brasileiras, quais são os casos de uso mais promissores e quais desafios regulatórios ainda precisam ser superados para que a infraestrutura atinja seu pleno potencial no país.

Visão geral da Alchemy e sua proposta de valor

A Alchemy nasceu em 2017 com o objetivo de simplificar o desenvolvimento de aplicações descentralizadas (dApps). Seu portfólio inclui Alchemy Notify, que permite o envio de alertas em tempo real; Alchemy Supernode, que oferece nós de alta performance com baixa latência; e Alchemy Build, um conjunto de ferramentas de depuração e análise de contratos inteligentes. Ao centralizar esses recursos, a Alchemy elimina a necessidade de que equipes mantenham infraestrutura própria, reduzindo custos de operação em até 70% segundo estudos internos. Além disso, a empresa investe pesado em scaling solutions como Optimistic Rollups e zk-Rollups, garantindo que as transações sejam processadas de forma rápida e econômica.

No cenário brasileiro, onde o custo de servidores e a disponibilidade de conexões de alta velocidade ainda apresentam desafios, a proposta de valor da Alchemy se torna ainda mais atrativa. Startups que antes precisavam contratar equipes de DevOps e engenheiros de rede agora podem focar exclusivamente na camada de negócios, acelerando o time‑to‑market. Essa agilidade tem sido fundamental para que projetos locais consigam competir em escala global, aproveitando a infraestrutura de classe mundial que a Alchemy oferece.

Cenário de blockchain no Brasil em 2025

O Brasil registrou um crescimento anual composto de 45% no volume de transações em criptomoedas nos últimos três anos, impulsionado por maior aceitação institucional e por uma população jovem altamente conectada. As exchanges nacionais e internacionais, como Binance e OKX, expandiram suas operações, oferecendo produtos de futuros e taxas competitivas. Paralelamente, o governo tem avançado em regulamentações que buscam equilibrar a inovação com a proteção ao consumidor, criando um ambiente mais estável para investidores e desenvolvedores.

Dentro desse contexto, a demanda por infraestruturas robustas cresceu exponencialmente. Projetos de DeFi precisam de alta disponibilidade para garantir a liquidez de pools, enquanto plataformas de NFTs exigem suporte a picos de tráfego durante lançamentos de coleções. A Alchemy, ao oferecer serviços de monitoramento em tempo real e escalabilidade automática, se posiciona como a espinha dorsal desses ecossistemas, permitindo que empresas brasileiras respondam rapidamente a flutuações de mercado sem comprometer a experiência do usuário.

Casos de uso locais: DeFi, NFTs e gaming

Vários projetos brasileiros já adotaram a Alchemy como camada de infraestrutura. No universo DeFi, a plataforma BrasilYield utiliza os nós Supernode para garantir que as operações de staking e farming ocorram com latência mínima, essencial para arbitragem entre diferentes protocolos. A integração com Alchemy Notify permite que os usuários recebam alertas instantâneos sobre mudanças de taxa de juros, reduzindo o risco de impermanent loss.

Quanto aos NFTs, a iniciativa ArteDigital BR lançou uma coleção de obras de artistas locais, utilizando a solução Alchemy Build para depurar contratos inteligentes e evitar vulnerabilidades que poderiam comprometer a propriedade dos tokens. A plataforma também se beneficia da camada de caching da Alchemy, que acelera o carregamento de metadados nas marketplaces, melhorando a experiência de compra.

No segmento de gaming, o projeto CryptoPlay Brasil desenvolveu um jogo de batalha baseado em blockchain, onde cada personagem é um NFT com atributos únicos. A Alchemy fornece suporte a zk‑Rollups, permitindo que milhares de transações ocorram simultaneamente sem sobrecarregar a rede principal. Essa solução foi decisiva para manter a jogabilidade fluida durante eventos de grande escala, como torneios com mais de 10 mil participantes simultâneos.

Parcerias estratégicas e ecossistema brasileiro

Além dos casos de uso diretos, a Alchemy tem firmado parcerias estratégicas com aceleradoras, universidades e fundos de investimento. Em 2024, a empresa assinou um acordo com a ABStartups para oferecer créditos de uso da plataforma a startups selecionadas, facilitando a experimentação de novas ideias sem custos iniciais. Universidades como a USP e a PUC‑Rio implementaram laboratórios de blockchain alimentados pelos serviços da Alchemy, preparando a próxima geração de desenvolvedores.

Fundos de venture capital, como a Monetary Ventures, também passaram a exigir integração com a Alchemy como critério de avaliação de projetos, considerando a infraestrutura como um indicador de maturidade tecnológica. Essa mudança tem impulsionado ainda mais a adoção da plataforma, criando um círculo virtuoso onde investidores, desenvolvedores e usuários finais se beneficiam de uma base tecnológica confiável.

Impacto econômico e perspectivas futuras

O impacto econômico da Alchemy no Brasil pode ser mensurado em termos de geração de empregos qualificados, aumento da produtividade e atração de capital estrangeiro. Segundo um estudo da FinTech Brasil, empresas que utilizam a Alchemy apresentam um crescimento de receita médio de 38% em comparação com concorrentes que mantêm infraestruturas próprias. Além disso, a redução de custos operacionais permite que startups aloque recursos em marketing e expansão internacional, fortalecendo a presença do Brasil no cenário global de cripto.

Para 2026, as projeções apontam que a Alchemy deve lançar novos módulos de AI‑driven analytics, integrando aprendizado de máquina ao monitoramento de redes. Essa inovação pode abrir portas para produtos de seguros descentralizados (DeFi Insurance) e para mecanismos avançados de compliance, atendendo às exigências regulatórias cada vez mais rigorosas. A expectativa é que, ao combinar infraestrutura de ponta com soluções baseadas em IA, a Alchemy consolide o Brasil como um hub de inovação em blockchain na América Latina.

Desafios regulatórios e caminhos para adoção

Apesar do cenário promissor, a Alchemy enfrenta desafios regulatórios que podem influenciar sua trajetória no Brasil. A recente proposta de lei que exige a identificação de todos os usuários de dApps pode gerar fricção para projetos que prezam pela privacidade. Contudo, a Alchemy tem trabalhado em soluções de zero‑knowledge proof que permitem a verificação de identidade sem revelar dados sensíveis, alinhando-se às exigências de compliance.

Outro ponto crítico é a tributação de transações on‑chain. Enquanto a Receita Federal avançou na criação de APIs para rastreamento de movimentações, ainda há lacunas que podem gerar insegurança jurídica para desenvolvedores. A Alchemy, ao oferecer ferramentas de auditoria em tempo real, pode auxiliar empresas a manter registros precisos e facilitar a prestação de contas aos órgãos reguladores.

Para superar esses obstáculos, recomenda‑se que as empresas brasileiras adotem uma abordagem proativa, estabelecendo diálogos com autoridades e participando de grupos de trabalho setoriais. A colaboração entre a Alchemy, reguladores e atores do ecossistema será essencial para criar um ambiente que favoreça a inovação ao mesmo tempo em que protege os investidores.