O long short equity é uma das estratégias mais sofisticadas usadas por hedge funds e investidores institucionais para gerar retornos consistentes, independentemente da direção geral do mercado. Ela consiste em manter posições compradas (long) em ativos que se espera que se valorizem e posições vendidas (short) em ativos que se espera que se desvalorizem, equilibrando o risco de mercado e focando no desempenho relativo dos ativos.
Esta abordagem se tornou ainda mais relevante em 2025, quando a volatilidade dos mercados de ações e cripto atingiu níveis históricos. Ao combinar análise fundamentalista, métricas quantitativas e ferramentas de risk management, o investidor pode capturar alfa de forma mais eficiente.
Como funciona a estratégia Long Short Equity?
1. Seleção de pares: Identifique duas ações (ou ativos) correlacionadas, como duas empresas do mesmo setor ou um token cripto comparável a outro. O objetivo é explorar a divergência de desempenho.
2. Posição Long: Compra do ativo que apresenta maior potencial de valorização.
3. Posição Short: Venda a descoberto do ativo que apresenta maior risco de queda.
4. Hedge de mercado: Como as exposições long e short tendem a se neutralizar, a carteira fica menos sensível às variações gerais do índice.
Vantagens da estratégia
- Redução do risco de mercado: A exposição neta pode ser próxima de zero, protegendo contra movimentos bruscos do índice.
- Potencial de retorno em mercados laterais: Mesmo quando o mercado está estável, a diferença de performance entre os pares gera lucro.
- Flexibilidade: Pode ser aplicada em ações tradicionais, ETFs, Futures Trading: O que é, como funciona e até em cripto‑ativos.
Aplicação prática no mercado cripto
Para traders de cripto, a estratégia pode ser adaptada usando contratos futuros e alavancagem. Por exemplo, ao combinar Futures, Alavancagem e Riscos com pares de tokens (Bitcoin vs. Ethereum), é possível capturar a diferença de desempenho enquanto controla o risco de liquidação.
Passo a passo para montar sua carteira Long Short Equity
- Defina o universo de ativos: Selecione ações ou tokens com alta correlação histórica.
- Analise os fundamentos: Use métricas como P/E, crescimento de receita ou indicadores on‑chain para determinar quem está subvalorizado ou sobrevalorizado.
- Monte a posição: Abra a posição long na ação/tokens subvalorizado(a) e a posição short na sobrevalorizada.
- Monitore o beta: Garanta que a exposição total ao mercado permaneça neutra, ajustando a alavancagem conforme necessário.
- Rebalanceie periodicamente: Revise os pares a cada trimestre ou quando houver mudança significativa nos fundamentos.
Ferramentas e recursos úteis
Além das análises internas, recomenda‑se consultar fontes externas de alta autoridade, como o Investopedia e o CFA Institute, para aprofundar conceitos de risco, estrutura de fundos e regulamentação.
Exemplo prático
Imagine que você acredita que a ação da Empresa A (setor tecnologia) está subvalorizada e que a Empresa B (mesmo setor) está supervalorizada. Você compra 100 ações da Empresa A e vende a descoberto 100 ações da Empresa B. Se a diferença de performance for de 5% a favor da Empresa A, seu retorno será 5% (descontados custos e juros da venda short).
Para investidores de cripto, um exemplo similar seria comprar Bitcoin (BTC) e vender a descoberto Ethereum (ETH) usando contratos futuros na Binance, ajustando a alavancagem para manter a exposição neutra.
Considerações finais
O long short equity oferece uma abordagem robusta para quem busca retornos consistentes em ambientes de alta volatilidade. Contudo, exige disciplina, conhecimento profundo dos ativos e um rigoroso gerenciamento de risco. Ao combinar análise fundamentalista, ferramentas de futuros e insights de mercado, você pode transformar a estratégia em uma fonte valiosa de alfa.