Previsão Ordinals Bitcoin 2025: O que Esperar e Como Aproveitar

Os Ordinals surgiram como a mais recente revolução dentro do ecossistema do Bitcoin, permitindo que dados arbitrários sejam gravados diretamente na cadeia de blocos. Desde que a comunidade começou a experimentar essa funcionalidade em 2023, investidores, desenvolvedores e entusiastas têm buscado compreender seu potencial a longo prazo. Neste artigo, vamos analisar a história dos Ordinals, sua evolução até 2025, as previsões para os próximos anos e, principalmente, como você, usuário brasileiro de criptomoedas, pode se posicionar diante desse novo cenário.

Principais Pontos

• Entenda o que são Ordinals e como funcionam tecnicamente no Bitcoin.
• Veja a evolução histórica e os marcos regulatórios até 2025.
• Descubra as previsões de mercado para 2026 e além.
• Aprenda estratégias de investimento e gerenciamento de risco.
• Conheça as ferramentas brasileiras para criar e negociar Ordinals.

O que são Ordinals no Bitcoin?

História e Origem

O conceito de Ordinals foi introduzido por Casey Rodarmor no início de 2023, aproveitando o mecanismo de SegWit e a subsequente ativação do Taproot. A ideia central é atribuir um número sequencial a cada satoshi – a menor unidade do Bitcoin – e permitir que metadados (texto, imagens, vídeos) sejam “inscritos” (inscribed) nesses satoshis, criando assim ativos digitais únicos, semelhantes a NFTs, porém nativamente na blockchain do Bitcoin.

Como Funcionam os Ordinals

Os Ordinals utilizam o campo OP_RETURN e, mais recentemente, a estrutura Taproot script path spending para armazenar dados de forma mais eficiente. Cada inscrição recebe um inscription ID, composto pelo número do bloco, transação e índice dentro da transação. Essa abordagem garante imutabilidade, segurança e, sobretudo, a característica de “não custódia” que diferencia o Bitcoin de outras blockchains.

Evolução dos Ordinals até 2025

Principais Marcos

Desde a sua criação, os Ordinals passaram por três fases críticas:

• Fase de Experimentação (2023‑2024): desenvolvedores criaram ferramentas como ordinals.com e Gamma.io, permitindo a criação de imagens e textos simples.
• Fase de Adoção Comercial (2024‑2025): marketplaces brasileiros como BitMarket e Guia de Ordinals começaram a listar coleções de arte em Ordinals, atraindo investidores de arte digital.
• Fase de Integração Institucional (2025): algumas corretoras de cripto no Brasil começaram a oferecer serviços de custódia para Ordinals, enquanto bancos digitais iniciaram projetos piloto de tokenização de ativos reais usando a camada de Ordinals.

Adoção no Brasil

O Brasil tem se destacado pela rapidez em adotar novas tecnologias cripto. Segundo a Notícias Crypto Brasil, mais de 12% dos usuários de exchanges nacionais já negociaram Ordinals em 2025. O fator regulatório também tem sido favorável: a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) emitiu orientações que consideram os Ordinals como “ativos digitais” e, portanto, sujeitos às mesmas regras de transparência aplicáveis a tokens ERC‑721 no Ethereum.

Previsões para 2026 e Além

Tendências de Mercado

Analistas de mercado apontam que o volume diário de ordens de Ordinals pode crescer entre 30% e 50% ao ano até 2028. As principais motivações são:

• Escassez digital: com apenas 2,1 quintilhões de satoshis, a criação de ativos únicos cria um cenário de escassez semelhante ao das obras de arte físicas.
• Interoperabilidade: projetos como Cursos de Criptomoedas já ensinam a ponte entre Ordinals e outras blockchains via protocolos de “wrapped ordinals”.
• Uso corporativo: tokenização de documentos legais, certificados e até títulos de propriedade usando a camada de Ordinals pode reduzir custos de registro em até 70%.

Impacto na Escalabilidade

Uma das críticas mais frequentes aos Ordinals é o aumento do tamanho dos blocos devido ao armazenamento de dados. Estudos da Bitcoin Research Institute indicam que, se a taxa de inscrição ultrapassar 2 % do total de transações, o tempo médio de confirmação pode subir de 10 minutos para cerca de 12‑13 minutos. Em resposta, desenvolvedores estão testando soluções de compressão avançada e “lazy inscription”, onde os dados são armazenados off‑chain e referenciados via hash dentro da blockchain.

Estratégias de Investimento em Ordinals

Análise Técnica

Embora os Ordinals não possuam um ticker tradicional, plataformas como Gamma.io exibem métricas de “floor price”, volume de vendas e número de coleções ativas. Investidores podem aplicar os mesmos princípios da análise de NFTs em Ethereum: observar a curva de preço, a raridade dos atributos (por exemplo, “inscription size” ou “timestamp”) e a atividade de carteiras “whale”.

Riscos e Oportunidades

Os principais riscos incluem:

• Volatilidade regulatória: mudanças nas normas da CVM podem impactar a liquidez.
• Custos de transação: em períodos de alta congestão, as taxas de mineração (em satoshis) podem equivaler a R$ 30‑R$ 80 por inscrição.
• Risco tecnológico: bugs em softwares de inscrição podem gerar perda permanente de dados.

Por outro lado, oportunidades de alto retorno surgem ao:

• Investir cedo em coleções de artistas emergentes que já possuem comunidade forte nas redes sociais.
• Participar de lançamentos de “ordinal drops” organizados por plataformas brasileiras, que costumam oferecer descontos de até 20% para usuários que mantêm saldo em Bitcoin na própria exchange.
• Aproveitar a arbitragem entre mercados internacionais (por exemplo, entre ordinals.com e exchanges locais).

Como Criar e Gerenciar Ordinals

Ferramentas e Plataformas

Para quem deseja criar seu próprio Ordinal, as opções mais populares no Brasil são:

• Gamma.io: interface amigável que permite upload de arquivos até 4 MB, cálculo automático de taxa e assinatura via carteira Bitcoin.com.
• Ordinals Wallet (mobile): aplicativo Android/iOS que gera chaves HD e permite inscrever textos diretamente do celular.
• Ordinals CLI: ferramenta de linha de comando para desenvolvedores avançados, integrada ao bitcoin-core e ao ord do Casey.

Custos e Taxas

O custo médio de uma inscrição em 2025 gira em torno de 0,00015 BTC, equivalente a aproximadamente R$ 80 (considerando a cotação de R$ 530.000 por BTC). Taxas adicionais podem surgir quando o usuário opta por “segurança extra”, como a inclusão de múltiplas assinaturas (multisig) ou a gravação de metadados críticos em um OP_RETURN de tamanho máximo (80 bytes).

Para quem deseja gerenciar um portfólio de Ordinals, recomenda‑se o uso de carteiras que suportam metadata indexing, como a Blockstream Green, que oferece visualização de inscrições por número de satoshi e permite exportar relatórios em CSV para controle fiscal.

Conclusão

Os Ordinals representam uma extensão natural da filosofia do Bitcoin: criar um registro de valor que seja ao mesmo tempo imutável, descentralizado e acessível a todos. As previsões para 2025 e os próximos anos apontam para um crescimento sólido, impulsionado por inovações técnicas, adoção institucional e um ecossistema brasileiro ávido por novas oportunidades. Contudo, como qualquer ativo emergente, o investimento em Ordinals exige estudo detalhado, gestão de risco e atenção às mudanças regulatórias.

Se você está começando agora, a melhor estratégia é: educar‑se através de fontes confiáveis, experimentar em pequenas quantidades usando ferramentas brasileiras e, gradualmente, expandir sua participação à medida que o mercado amadurece. O futuro dos Ordinals ainda está sendo escrito – literalmente – nos blocos do Bitcoin, e quem entender essa dinâmica poderá colher benefícios significativos nos próximos anos.