Introdução
O mercado de criptomoedas no Brasil tem crescido de forma exponencial nos últimos anos, e cada vez mais usuários buscam soluções simples e seguras para adquirir ativos digitais. Entre as opções disponíveis, o Digio – cartão de crédito e conta digital da fintech que já conquistou milhões de clientes – se destaca como uma ferramenta prática para quem deseja comprar Bitcoin, Ethereum e outras moedas virtuais sem precisar abrir conta em corretoras estrangeiras.
Este artigo traz um panorama técnico, detalhado e atualizado (até 24/11/2025) sobre como comprar cripto com Digio, abordando desde o funcionamento do cartão até as taxas, limites, segurança e comparativos com outras plataformas. Se você é iniciante ou já tem alguma experiência no universo cripto, encontrará aqui informações essenciais para tomar decisões informadas.
Principais Pontos
- Como funciona a integração entre Digio e plataformas de compra de cripto.
- Passo a passo para adquirir Bitcoin, Ethereum e altcoins usando o cartão Digio.
- Taxas, limites diários e mensais, e o impacto no custo total da operação.
- Segurança, compliance e proteção contra fraudes.
- Comparativo entre Digio, bancos tradicionais e corretoras especializadas.
O que é o Digio e como ele se posiciona no mercado financeiro
O Digio, lançado em 2016, começou como um cartão de crédito sem anuidade e evoluiu para uma conta digital completa, oferecendo serviços como pagamentos por QR Code, transferências via PIX, investimentos em renda fixa e, mais recentemente, parcerias para compra de criptomoedas. A proposta da fintech é simplificar o acesso a produtos financeiros, utilizando tecnologia de ponta e uma experiência mobile-first.
Em termos de regulamentação, o Digio opera sob a supervisão do Banco Central do Brasil (BCB) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), garantindo que todas as transações estejam em conformidade com as normas de combate à lavagem de dinheiro (AML) e Know Your Customer (KYC).
Como funciona a compra de cripto com Digio
A compra de criptomoedas através do Digio não ocorre diretamente na plataforma da fintech, mas por meio de parcerias com corretoras e exchanges credenciadas. Quando o usuário seleciona a opção “Comprar Cripto” no aplicativo Digio, ele é redirecionado para um ambiente seguro hospedado pela corretora parceira, onde o pagamento é processado utilizando o cartão Digio como método de débito ou crédito.
Essa integração traz duas grandes vantagens:
- Velocidade: o pagamento é autorizado em poucos segundos, permitindo a compra quase instantânea das moedas.
- Conveniência: o usuário não precisa criar contas adicionais em múltiplas exchanges; basta ter o Digio ativo.
Passo a passo para comprar cripto com Digio
1. Cadastre-se na plataforma Digio
Se ainda não possui conta, baixe o aplicativo Digio (disponível para Android e iOS) e siga o fluxo de abertura, que inclui o preenchimento de dados pessoais, envio de documentos (RG, CPF) e validação via selfie. O processo costuma levar de 5 a 10 minutos.
2. Ative a funcionalidade de compra de cripto
Dentro do app, vá ao menu Guia de Cripto e selecione “Ativar compra de criptomoedas”. Você será redirecionado para a página da corretora parceira, onde será necessário confirmar alguns termos de serviço e autorizar a transferência de dados bancários.
3. Escolha a moeda e o valor
Após a habilitação, a tela de compra apresenta as principais criptomoedas disponíveis: Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH), Litecoin (LTC), e algumas stablecoins como USDT. Insira o valor desejado em reais (R$) ou em unidades da moeda digital. O sistema exibirá a cotação em tempo real, baseada em preços de mercado consolidados.
4. Selecione o método de pagamento
Escolha “Cartão Digio” como forma de pagamento. Você pode optar por débito (PIX ou débito instantâneo) ou crédito (com parcelamento em até 12x, sujeito a juros). Para pagamentos em crédito, o Digio aplica a taxa de antecipação de 2,99% + IOF, conforme regulamentação vigente.
5. Confirme a transação
Revise todos os detalhes – moeda, valor, taxa, e forma de pagamento – e clique em “Confirmar”. Uma janela de autenticação via biometria ou token será exibida para garantir a segurança da operação.
6. Receba a criptomoeda
Em menos de 30 segundos, a cripto será creditada na carteira digital da corretora parceira. Você pode optar por mantê-la lá ou transferi‑la para uma carteira externa (hardware ou software). O app Digio oferece um resumo da operação, incluindo número da transação (TXID) e comprovante em PDF.
Taxas e limites: o que você precisa saber
Entender a estrutura de custos é fundamental para avaliar a viabilidade da compra. As principais taxas envolvidas são:
- Taxa de serviço da corretora: varia de 0,25% a 1,5% do valor da compra, dependendo da moeda e da liquidez do mercado.
- IOF (Imposto sobre Operações Financeiras): 1,5% para compras à vista com cartão de crédito, 0,38% para débito.
- Spread Cambial: o Digio utiliza a cotação de compra/venda do BCB, com um spread médio de 0,3%.
- Taxa de retirada: caso você transfira a cripto para outra carteira, pode haver uma taxa de rede (ex.: taxa de mineração) que varia de acordo com a blockchain.
Quanto aos limites, o Digio estabelece:
- Límite diário de compra: até R$ 15.000 por dia, sujeito a revisão de crédito.
- Límite mensal: até R$ 45.000, podendo ser aumentado mediante solicitação de análise de risco.
- Límite por transação: no máximo R$ 10.000 por operação.
Esses limites são configuráveis na seção “Configurações > Limites” do aplicativo.
Segurança e compliance: como o Digio protege sua compra
A segurança é uma das prioridades da fintech. Veja as principais camadas de proteção:
- Autenticação multifator (MFA): login via biometria (fingerprint ou facial) e token de 6 dígitos enviado por SMS ou e‑mail.
- Criptografia de ponta a ponta: todas as comunicações entre o app Digio e a corretora são protegidas por TLS 1.3.
- Monitoramento de fraude em tempo real: algoritmos de machine learning analisam padrões de comportamento para bloquear transações suspeitas.
- Conformidade AML/KYC: a fintech mantém registros de identidade, origem de recursos e realiza verificações periódicas de sanções internacionais.
Além disso, o Digio oferece seguro de proteção contra fraudes para compras com cartão de crédito, cobrindo até R$ 5.000 em caso de chargeback indevido.
Comparativo: Digio vs. Bancos Tradicionais vs. Corretoras Especializadas
| Critério | Digio (via parceiro) | Banco Tradicional (ex.: Banco do Brasil) | Corretora Especializada (ex.: Mercado Bitcoin) |
|---|---|---|---|
| Facilidade de uso | Alta – app único, onboarding rápido | Média – necessidade de abrir conta e usar internet banking | Alta – plataformas dedicadas, mas requer cadastro separado |
| Taxas totais | 2,5% a 3,5% (inclui IOF, spread e corretora) | 3% a 4% (IOF + tarifas bancárias) | 0,5% a 2% (menor, mas sem cobertura de seguro) |
| Limites de compra | R$ 15.000/dia, R$ 45.000/mês | R$ 10.000/dia (varia por perfil) | Ilimitado (após verificação avançada) |
| Segurança | Proteção MFA, seguro contra fraude | Segurança bancária tradicional, sem seguro cripto | Segurança robusta, mas sem seguro contra chargeback |
| Tempo de liquidação | Instantâneo (até 30 s) | Até 1 h (dependendo da operação) | Alguns segundos a poucos minutos |
O panorama mostra que o Digio oferece um equilíbrio interessante entre praticidade e segurança, sendo ideal para quem deseja comprar pequenas ou médias quantias de cripto sem abrir contas em múltiplas exchanges.
Estratégias avançadas para investidores intermediários
Para usuários que já possuem alguma experiência e desejam otimizar seus custos, seguem algumas dicas:
- Use o débito em vez do crédito: elimina a taxa de antecipação (2,99%) e reduz o IOF para 0,38%.
- Aproveite períodos de menor volatilidade: ao comprar quando o spread da corretora está abaixo de 0,2% você economiza.
- Transfira para carteiras frias: ao retirar a cripto para um hardware wallet, você evita taxas de custódia da corretora.
- Consolide compras mensais: ao atingir o limite mensal de R$ 45.000, você pode negociar com a corretora um desconto de volume.
Considerações fiscais
No Brasil, a Receita Federal exige a declaração de compras e vendas de cripto‑ativos. Ao usar o Digio, o extrato mensal disponibilizado no app já traz o valor em reais, a taxa de IOF e o custo total da operação. Recomenda‑se guardar os comprovantes (PDF) e gerar o relatório de ganhos/perdas para o preenchimento do Declaração de Imposto de Renda. Caso o lucro mensal ultrapasse R$ 35.000, a alíquota de Imposto de Renda será de 15% sobre o ganho de capital.
FAQ – Perguntas Frequentes
Posso comprar qualquer cripto usando o Digio?
Atualmente, a parceria oferece suporte às principais moedas (BTC, ETH, LTC, USDT) e algumas tokens de projetos selecionados. A lista pode ser expandida conforme a demanda dos usuários.
Qual o prazo para o crédito da cripto na minha carteira?
O crédito é quase instantâneo – normalmente entre 10 e 30 segundos – pois a transação ocorre via API direta entre Digio e a corretora.
Existe risco de chargeback quando uso o cartão Digio?
Sim, mas o Digio possui seguro que cobre até R$ 5.000 em casos de fraude comprovada. O processo de contestação segue as normas do Banco Central.
Conclusão
Comprar criptomoedas com o Digio representa uma solução prática e segura para investidores brasileiros que buscam agilidade e integração com serviços financeiros já conhecidos. Embora as taxas sejam ligeiramente superiores às corretoras especializadas, o ganho em conveniência, suporte ao cliente e proteção contra fraudes pode justificar o custo, sobretudo para quem realiza transações de porte moderado.
Ao seguir o passo a passo detalhado neste guia, entender a estrutura de custos, observar os limites e adotar boas práticas de segurança, você estará preparado para operar no mercado cripto com confiança, aproveitando ao máximo as funcionalidades oferecidas pela fintech Digio.