Como Minerar Ethereum Classic em 2025: Guia Passo a Passo
Com a evolução constante das criptomoedas, a mineração de Ethereum Classic (ETC) continua sendo uma alternativa atrativa para quem deseja gerar renda passiva ou apoiar a descentralização da rede. Este artigo foi criado para usuários brasileiros, desde iniciantes até intermediários, e traz um guia técnico, detalhado e otimizado para SEO, abordando tudo o que você precisa saber para minerar ETC de forma segura e rentável em 2025.
Principais Pontos
- Entenda o que é Ethereum Classic e como sua blockchain funciona.
- Conheça os requisitos de hardware e software para mineração.
- Aprenda a configurar o minerador e escolher a melhor pool.
- Calcule custos, consumo energético e rentabilidade.
- Dicas de segurança e otimizações avançadas.
1. O que é Ethereum Classic?
Ethereum Classic (ETC) nasceu a partir de uma divisão da comunidade Ethereum em 2016, após o famoso hack da DAO. Enquanto a cadeia original (Ethereum) reverteu as transações para devolver os fundos aos usuários, a comunidade que defendia a imutabilidade da blockchain manteve a cadeia original, criando o Ethereum Classic.
ETC utiliza o mesmo algoritmo de consenso Ethash, que é resistente a ASICs (Application‑Specific Integrated Circuits) e favorece a mineração com GPUs, embora ASICs modernos também estejam disponíveis. A rede possui um fornecimento total de 210 milhões de moedas, com um ritmo de emissão que garante estabilidade a longo prazo.
2. Como funciona a mineração de Ethereum Classic?
A mineração de ETC segue o modelo de Proof‑of‑Work (PoW). Os mineradores competem para resolver um problema matemático (hash) que exige grande poder computacional. O primeiro a encontrar um hash válido adiciona um novo bloco à cadeia e recebe a recompensa em ETC, além das taxas de transação incluídas no bloco.
Em 2025, a recompensa por bloco está em 3,2 ETC, e a dificuldade da rede se ajusta automaticamente a cada bloco, mantendo um tempo médio de 13 segundos por bloco. Esse ajuste constante garante que a rede permaneça segura e que a mineração continue competitiva.
3. Requisitos de hardware
Embora o Ethash seja otimizado para GPUs, a escolha do hardware impacta diretamente a rentabilidade. A seguir, apresentamos as opções mais populares no Brasil em 2025.
3.1 GPUs recomendadas
- NVIDIA RTX 4090 – 125 MH/s a 1,6 kW (≈78 MH/s por kW). Preço médio: R$ 18.000.
- AMD Radeon RX 7900 XTX – 115 MH/s a 1,4 kW (≈82 MH/s por kW). Preço médio: R$ 14.500.
- NVIDIA RTX 3080 Ti – 100 MH/s a 1,2 kW (≈83 MH/s por kW). Preço médio: R$ 12.000.
Para quem possui orçamento limitado, uma combinação de 4 × RTX 3060 Ti (≈60 MH/s cada) pode ser uma boa alternativa, totalizando ~240 MH/s por ~R$ 9.000.
3.2 ASICs compatíveis
Alguns ASICs de última geração, como o Innosilicon A10 Pro+ ETH, oferecem até 750 MH/s com consumo de 1,5 kW (≈500 MH/s por kW). Contudo, o custo de aquisição (R$ 35.000) e a disponibilidade limitada no Brasil podem tornar a opção menos atraente para pequenos mineradores.
3.3 Equipamentos auxiliares
- Fonte de alimentação (PSU) de qualidade – 80 PLUS Gold ou Platinum.
- Motherboard com múltiplos slots PCIe (ex.: ASRock H110 Pro BTC).
- Racks ou frames de mineração para organização e ventilação.
- Sistema de refrigeração: fans de 120 mm ou water‑cooling.
4. Configurando o software de mineração
Existem diversas opções de softwares, tanto de código aberto quanto proprietários. Os mais usados em 2025 são:
4.1 Gminer
Fácil de configurar, alta eficiência e suporte a dual mining. Baixe em gminer.com.
4.2 PhoenixMiner
Popular entre usuários de RTX 30/40, oferece boa taxa de hash e baixo consumo de CPU.
4.3 LolMiner
Especializado em AMD GPUs, com otimizações para as séries RX 6000/7000.
Segue um exemplo de configuração para Gminer usando a pool Ethermine ETC:
miner.exe --algo ethash --server eu1.ethermine.org --port 4444 --user SeuWalletETC.Worker01 --pass x
Altere SeuWalletETC para o endereço da sua carteira e Worker01 para o nome do seu minerador.
5. Escolhendo a pool de mineração
Participar de uma pool aumenta a frequência de pagamentos, reduzindo a variância de renda. As pools mais renomadas no Brasil são:
- Ethermine ETC – baixa latência na América do Sul.
- Nanopool – interface amigável e relatórios detalhados.
- F2Pool – suporte a múltiplas moedas e payout automático.
Para escolher a melhor pool, considere:
- Taxa de comissão (geralmente entre 0,5 % e 1 %).
- Localização dos servidores – menor ping reduz o risco de “stale shares”.
- Histórico de pagamentos e confiabilidade.
6. Custos operacionais e cálculo de rentabilidade
Antes de iniciar a mineração, é fundamental estimar os custos de energia elétrica e comparar com a receita esperada. O cálculo pode ser feito com a seguinte fórmula:
Rentabilidade Diária = (Hashrate (MH/s) × Recompensa por bloco (ETC) × Preço do ETC) / (Dificuldade × 2^32) - (Consumo (kW) × Custo kWh)
Vamos aplicar um exemplo prático usando uma RTX 4090 (125 MH/s) e o preço médio do ETC em 24/11/2025: R$ 4,80 por ETC. Consumo: 1,6 kW. Custo da energia: R$ 0,70/kWh (tarifa residencial média no Brasil).
Hashrate = 125 MH/s
Recompensa por bloco = 3,2 ETC
Preço do ETC = R$ 4,80
Dificuldade (aprox.) = 12 P (12 peta)
Consumo = 1,6 kW
Custo kWh = R$ 0,70
Rentabilidade ≈ R$ 9,30 por dia → R$ 279,00 por mês
Descontando manutenção (filtros, substituição de fans) e depreciação da GPU, a margem líquida fica em torno de R$ 200,00 mensais. Vale lembrar que a volatilidade do preço do ETC pode alterar significativamente esses números.
7. Segurança e boas práticas
Manter a operação segura protege seu investimento e evita perdas. Siga estas recomendações:
- Use uma carteira de hardware (Ledger Nano S ou X) para armazenar os ETC recebidos.
- Atualize o firmware da GPU e drivers da placa‑de‑vídeo regularmente.
- Implemente monitoramento remoto (ex.: HWMonitor) para detectar sobreaquecimento.
- Configure firewalls e VPNs ao acessar o minerador via internet.
- Desative a mineração automática em softwares de terceiros que possam instalar malware.
8. Dicas avançadas para maximizar ganhos
- Overclock moderado: aumente o clock da memória em 5‑10 % e reduza o clock da GPU em 2‑3 % para melhorar a eficiência energética.
- Utilize memória GDDR6X de alta velocidade – a taxa de transferência influencia diretamente o desempenho no Ethash.
- Explore dual mining (ETC + outra PoW como Ravencoin) para aproveitar ciclos ociosos da GPU.
- Considere a migração para algoritmo PoS caso o Ethereum Classic implemente mudanças futuras – esteja atento a anúncios da comunidade.
- Aproveite programas de energia verde ou tarifas horárias (horário de ponta) para reduzir custos.
9. Perguntas frequentes (FAQ)
Veja as dúvidas mais comuns sobre mineração de Ethereum Classic.
9.1 Posso minerar ETC com CPU?
Embora seja tecnicamente possível, a taxa de hash de CPUs modernas (≈5 MH/s) é insuficiente para ser rentável frente ao consumo energético. GPUs ou ASICs são recomendados.
9.2 Preciso pagar impostos sobre os ETC minerados?
Sim. No Brasil, ganhos de capital com criptomoedas são tributados. Se o valor total das receitas mensais superar R$ 35.000,00, o contribuinte deve recolher 15 % a 22,5 % de Imposto de Renda, conforme a tabela progressiva. Consulte um contador especializado.
9.3 Qual a diferença entre mineração solo e em pool?
Na mineração solo, você tenta encontrar blocos sozinho, recebendo toda a recompensa, porém com alta variância. Em pools, o poder de hash é compartilhado, proporcionando pagamentos mais frequentes, porém com comissão da pool.
Conclusão
Minerar Ethereum Classic em 2025 ainda pode ser uma atividade lucrativa, desde que você escolha o hardware adequado, configure corretamente o software, participe de uma pool confiável e mantenha um controle rigoroso dos custos de energia. A volatilidade do preço do ETC e as mudanças regulatórias exigem acompanhamento constante, mas com as estratégias apresentadas neste guia, você estará preparado para operar de forma segura e eficiente.
Lembre‑se de reinvestir parte dos lucros em upgrades de hardware ou em projetos de energia renovável – isso pode aumentar a margem de lucro a longo prazo. Boa mineração!