Os 8 scams de criptomoedas mais comuns no Brasil em 2025
O mercado de criptoativos tem crescido exponencialmente nos últimos anos, atraindo tanto investidores experientes quanto iniciantes. Esse boom, porém, também tem alimentado um ecossistema de fraudes cada vez mais sofisticado. Neste artigo, vamos analisar detalhadamente os scams de criptomoedas mais frequentes no Brasil, explicar como eles funcionam, apresentar sinais de alerta e oferecer estratégias de prevenção. Se você busca proteger seu patrimônio digital, continue lendo.
Principais Pontos
- Entenda como cada tipo de scam opera e quais são as vulnerabilidades exploradas.
- Aprenda a identificar sinais de alerta antes de investir.
- Descubra ferramentas e boas práticas para se proteger.
- Conheça os canais oficiais de denúncia no Brasil.
1. Esquemas Ponzi e Pirâmides de Investimento
Os esquemas Ponzi são promessas de retornos extraordinários em curtos períodos, baseados em pagamentos a investidores antigos com o dinheiro de novos participantes. No universo cripto, esses golpes costumam se disfarçar como fundos de investimento em DeFi ou projetos de tokens recém‑lançados.
Como identificar
- Garantia de lucro fixo ou muito acima do mercado.
- Pressão para recrutar novos investidores.
- Falta de transparência sobre a estratégia de investimento.
Exemplo recente (2024)
O projeto “CryptoYield Pro” prometia 30% ao mês em staking de um token próprio. Em menos de seis meses, a plataforma colapsou, deixando milhares de usuários sem acesso aos fundos.
2. Phishing e Clones de Carteiras Digitais
Phishing continua sendo um dos métodos mais eficazes para roubar chaves privadas. Hackers enviam e‑mails, mensagens no WhatsApp ou anúncios falsos que imitam serviços legítimos, como como proteger sua carteira ou exchanges conhecidas.
Sinais de alerta
- URLs que não correspondem ao domínio oficial (ex.: “binance-secure.com”).
- Solicitação de senha ou seed phrase via mensagem.
- Erros de gramática e layout amador.
Ferramentas de defesa
Utilize extensões de navegador que verificam URLs suspeitas e sempre acesse serviços por meio de bookmarks salvos.
3. ICOs (Initial Coin Offerings) Fraudulentas
Embora o hype das ICOs tenha diminuído, ainda surgem ofertas iniciais de tokens que prometem revoluções tecnológicas. Muitos desses projetos desaparecem após a captação de recursos.
Checklist de avaliação
- Equipe identificável com histórico verificável.
- Whitepaper detalhado e auditado por terceiros.
- Presença em exchanges reconhecidas.
Caso emblemático
Em 2023, a ICO “SolarChain” arrecadou R$ 12 milhões prometendo energia limpa tokenizada. O projeto nunca entregou nenhum produto e os desenvolvedores sumiram.
4. Pump and Dump em Exchanges Descentralizadas (DEX)
O “pump and dump” consiste em inflar artificialmente o preço de um token por meio de compra coordenada, para depois vender tudo de uma vez, provocando queda abrupta. Em DEXs, a falta de supervisão facilita a prática.
Como funciona na prática
Grupos de Telegram organizam a compra massiva de um token pouco líquido, espalham notícias falsas e, após alcançar um pico de preço, os organizadores vendem suas posições, deixando os investidores restantes com perdas.
Prevenção
- Evite tokens com volume diário inferior a R$ 10 mil.
- Analise o histórico de holders: concentração alta indica risco.
- Desconfie de anúncios de “ganhe 100% em 24h”.
5. Exchanges Falsas e Serviços de Custódia Fraudulentos
Plataformas que imitam exchanges reais, como Binance ou Mercado Bitcoin, criam páginas de login falsas para capturar credenciais. Algumas até oferecem “contas premium” com taxas de negociação reduzidas.
Exemplo de golpe
Em julho de 2025, a suposta “BitBrasil Pro” enviou e‑mails de verificação de conta. Usuários que inseriram seus dados viram seus saldos desaparecerem em até 24 horas.
Como se proteger
- Verifique o certificado SSL (cadeado verde) e o domínio exato.
- Ative autenticação de dois fatores (2FA) usando apps como Google Authenticator.
- Use apenas exchanges listadas nos sites oficiais da CVM.
6. Ransomware e Malware de Criptomoedas
Criminosos distribuem softwares maliciosos que bloqueiam o computador da vítima e exigem pagamento em criptomoedas para desbloqueio. O ransomware pode também buscar diretamente a carteira de criptomoedas armazenada no dispositivo.
Indicadores de infecção
- Arquivos com extensões desconhecidas (.locked, .crypto).
- Demandas de pagamento em Bitcoin ou Monero.
- Processos desconhecidos consumindo alta CPU.
Medidas de mitigação
Mantenha o sistema operacional e antivírus atualizados, faça backups regulares em mídia offline e nunca abra anexos de e‑mail suspeitos.
7. Scams de Airdrop e Giveaway
Airdrops legítimos distribuem tokens gratuitamente para promover projetos. Scammers exploram essa expectativa, pedindo que os usuários enviem pequenas quantias de ETH ou BNB para receber um suposto “prêmio maior”.
Sinais de golpe
- Solicitação de pagamento antecipado.
- Promessa de retornos impossíveis (ex.: “ganhe R$ 10 mil em 5 minutos”).
- Canais de comunicação não oficiais (DM no Twitter).
Prática segura
Verifique sempre o anúncio no site oficial do projeto e siga apenas os passos descritos no guia de criptomoedas.
8. Serviços de Mineração Cloud Fraudulentos
Plataformas que oferecem contratos de mineração em nuvem prometem rendimentos passivos sem necessidade de hardware. Muitos desses serviços são Ponzi ou simplesmente inexistentes.
Critérios de avaliação
- Transparência sobre a localização dos data centers.
- Taxas de manutenção realistas (geralmente 1‑2% ao mês).
- Auditoria de terceiros e relatórios de performance.
Casos de alerta
Em 2024, a empresa “HashPower Pro” oferecia contratos de 1 BTC por R$ 15 mil, mas nunca entregou a mineração. O dinheiro foi desviado para carteiras controladas pelos fundadores.
Como denunciar scams de criptomoedas no Brasil
A Polícia Federal, a Receita Federal e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) recebem denúncias de fraudes. Além disso, plataformas como Banco Central e o Ministério da Justiça disponibilizam canais de comunicação.
Conclusão
O universo das criptomoedas oferece oportunidades incríveis, mas também atrai fraudadores cada vez mais criativos. Conhecer os principais scams – de Ponzi a phishing, passando por airdrops falsos e mineração cloud – é o primeiro passo para proteger seu patrimônio. Adote boas práticas de segurança, verifique sempre a origem das informações e mantenha-se atualizado sobre as táticas de fraude. Assim, você poderá navegar no mercado cripto com confiança e tranquilidade.