Nos últimos anos, o termo Web3 tem ganhado destaque em notícias, podcasts e nas redes sociais de entusiastas de tecnologia. Mas, afinal, web3 o que é? Neste artigo, vamos explorar em detalhes o que caracteriza a Web3, como ela difere das versões anteriores da internet e quais são as tecnologias-chave que a sustentam.
1. A evolução da internet: de Web1 a Web3
A Web1 (anos 1990‑2000) era basicamente estática: sites de leitura única, onde o usuário consumia conteúdo sem interagir. A Web2 (a partir de 2004) trouxe a era das redes sociais, plataformas de compartilhamento e serviços centralizados – pense em Facebook, YouTube e Google. Embora tenha democratizado a criação de conteúdo, a Web2 concentrou poder nas mãos de poucas empresas que controlam os dados dos usuários.
A Web3 propõe reverter esse modelo, colocando o usuário no controle dos seus próprios dados, identidade e ativos digitais, por meio de Aplicações da blockchain além das finanças, contratos inteligentes e protocolos descentralizados.
2. Principais pilares da Web3
- Descentralização: Em vez de servidores centralizados, a informação é armazenada em redes P2P (peer‑to‑peer) usando blockchain e outras tecnologias distribuídas.
- Propriedade dos dados: Cada usuário possui chaves criptográficas que dão acesso exclusivo a seus dados e ativos digitais.
- Economia de token: Tokens nativos (ERC‑20, NFTs, etc.) permitem a remuneração direta de criadores e participantes da rede.
- Interoperabilidade: Protocolos que permitem que diferentes blockchains “conversem” entre si, facilitando fluxos de valor e informação. Saiba mais em O que é Interoperabilidade Blockchain?
3. Tecnologias que dão vida à Web3
Para entender web3 o que é na prática, é essencial conhecer três componentes fundamentais:
3.1. Blockchain e contratos inteligentes
Uma blockchain é um livro‑razão distribuído que registra transações de forma imutável. Sobre ela, os smart contracts (contratos inteligentes) automatizam acordos sem a necessidade de intermediários. Ethereum é o exemplo mais conhecido, mas outras redes como Polygon, Solana e Avalanche também oferecem suporte.
3.2. Rollups e soluções de camada 2
Um dos maiores desafios da Web3 é a escalabilidade. Rollups: Como funcionam, tipos e por que são essenciais para a escalabilidade do Ethereum em 2025 agregam múltiplas transações off‑chain e enviam um único comprovante à cadeia principal, reduzindo custos e aumentando a velocidade.
3.3. Identidade descentralizada (DID)
Ao invés de logins tradicionais (e‑mail, senha), a identidade descentralizada usa chaves públicas/privadas, permitindo que o usuário prove quem é sem revelar informações pessoais excessivas.
4. Aplicações práticas da Web3
A Web3 já está sendo aplicada em diversos setores:
- Finanças descentralizadas (DeFi): empréstimos, yield farming e swaps sem intermediários.
- Metaverso e NFTs: propriedade de itens digitais, avatares e terrenos virtuais.
- Governança: DAOs (Organizações Autônomas Descentralizadas) que permitem votação direta pelos detentores de tokens. Veja exemplos em Exemplos de DAOs de sucesso.
- Supply chain: rastreamento transparente de produtos, desde a origem até o consumidor.
5. Desafios e considerações
Apesar do potencial, a Web3 ainda enfrenta obstáculos:
- Usabilidade: interfaces ainda são complexas para usuários não‑técnicos.
- Regulação: governos ainda estão definindo como tratar ativos digitais e governança descentralizada.
- Segurança: contratos inteligentes mal codificados podem ser vulneráveis a exploits.
Para quem deseja começar, recomenda‑se estudar os conceitos básicos de blockchain, experimentar carteiras como MetaMask e explorar projetos com auditorias de segurança reconhecidas.
6. O futuro da Web3
À medida que as soluções de camada 2 amadurecem e a interoperabilidade avança, a Web3 tende a se tornar mais acessível e integrada ao cotidiano. A convergência entre Web3, Inteligência Artificial e Internet das Coisas (IoT) pode gerar novos modelos de negócios ainda inimagináveis.
Se você quer ficar por dentro das tendências, acompanhe fontes confiáveis como Ethereum.org e a página da Wikipedia sobre Web3.
Em resumo, Web3 representa a próxima fase da internet: descentralizada, baseada em token e focada na soberania do usuário. Entender web3 o que é hoje é essencial para quem deseja participar da revolução digital que está por vir.