HUSD: Tudo o que Você Precisa Saber Sobre a Stablecoin da Huobi em 2025
Nos últimos anos, as stablecoins ganharam destaque como ponte entre o mundo das criptomoedas voláteis e o universo tradicional de finanças. Entre elas, a HUSD (Huobi USD) se destaca por ser emitida por uma das maiores exchanges da Ásia, a Huobi, e por manter paridade 1:1 com o dólar americano. Este artigo profundo e autoritativo tem como objetivo oferecer uma visão completa sobre a HUSD, abordando sua origem, funcionamento, usos práticos, regulamentação no Brasil, riscos e estratégias para maximizar seu potencial.
1. O que é a HUSD?
A HUSD foi lançada em 2019 como parte da iniciativa da Huobi Group de criar uma stablecoin confiável e transparente. Diferente de outras stablecoins que utilizam reservas em fiat ou ativos colaterais, a HUSD é respaldada por reservas em dólares mantidas em contas bancárias auditadas, garantindo a paridade com o USD.
1.1 Como a HUSD mantém a paridade?
Para cada HUSD emitido, a Huobi mantém um dólar americano em reserva. Auditores independentes realizam verificações mensais, publicando relatórios que comprovam a existência das reservas. Essa transparência é essencial para ganhar confiança dos investidores e usuários.
1.2 Comparação com outras stablecoins
Em termos de segurança e transparência, a HUSD se posiciona ao lado de stablecoins como USDC e Tether (USDT), porém com algumas diferenças:
- USDC: Emitida por Circle e Coinbase, completamente regulamentada nos EUA.
- USDT: A mais antiga, porém tem sido alvo de críticas quanto à clareza de suas reservas.
- HUSD: Respaldo forte da Huobi, foco no mercado asiático, mas cada vez mais adotada globalmente.
2. Como adquirir e armazenar HUSD?
Existem três caminhos principais para adquirir HUSD:
- Compra direta na exchange Huobi usando fiat ou outras criptomoedas.
- Conversão em exchanges brasileiras que listam HUSD, como Exchange Brasileira Regulada.
- Recebimento via OTC (Over The Counter) para grandes volumes.
Para armazenamento, a HUSD pode ser guardada em carteiras compatíveis com tokens ERC‑20 (Ethereum) e BEP‑20 (Binance Smart Chain). Carteiras populares incluem MetaMask, Trust Wallet e a própria Huobi Wallet.
3. Usos práticos da HUSD no ecossistema cripto
A estabilidade da HUSD a torna ideal para diversas aplicações:

- Trading: Traders utilizam HUSD como “parking” de valor entre negociações, evitando a conversão para fiat a cada operação.
- DeFi: Em plataformas de finanças descentralizadas, HUSD pode ser fornecida como colateral em empréstimos ou usada em Cross Chain Swaps para movimentar valor entre diferentes blockchains.
- Pagamentos: Empresas que aceitam criptomoedas podem receber HUSD, garantindo que o valor recebido não sofra volatilidade.
3.1 HUSD em bridges e cross‑chain
Para movimentar HUSD entre diferentes redes, as bridges de criptomoedas são fundamentais. Elas permitem que o token seja “wrapped” em outra blockchain, criando versões como HUSD‑BSC ou HUSD‑Polygon. Contudo, é crucial escolher bridges auditadas para mitigar riscos de hacks.
4. Regulamentação da HUSD no Brasil
O cenário regulatório brasileiro evoluiu significativamente nos últimos anos. A Regulamentação de Criptomoedas no Brasil estabelece que stablecoins são consideradas moedas digitais e, portanto, sujeitas a regras de prevenção à lavagem de dinheiro (AML) e de combate ao financiamento do terrorismo (CFT).
Para operar com HUSD, usuários e exchanges devem:
- Realizar procedimentos de KYC (Know Your Customer) detalhados.
- Manter registros de transações por pelo menos cinco anos, conforme exigido pela Receita Federal.
- Reportar operações acima de R$ 30.000 ao Banco Central, seguindo as diretrizes de Banco Central Digital.
4.1 Implicações fiscais
Embora a HUSD seja considerada um ativo digital, sua natureza de stablecoin implica que ganhos de capital são raros, pois a variação de preço é mínima. Ainda assim, a Receita Federal exige a declaração de movimentação de stablecoins em Ganhos de Capital com Criptomoedas. Caso haja conversão para fiat ou outras criptomoedas que apresentem valorização, o contribuinte deve informar o ganho ou perda.
5. Riscos associados à HUSD
Apesar de ser uma stablecoin robusta, a HUSD não está isenta de riscos:
- Risco de contraparte: A confiança está na Huobi e nas auditorias realizadas. Problemas na empresa podem afetar a estabilidade.
- Risco regulatório: Mudanças nas leis brasileiras ou internacionais podem influenciar a operação da stablecoin.
- Risco tecnológico: Vulnerabilidades em contratos inteligentes ou bridges podem resultar em perdas.
Para mitigar esses riscos, recomenda‑se diversificar stablecoins (USDC, USDT, BUSD) e usar wallets com múltiplas camadas de segurança (hardware wallets, 2FA).
6. Estratégias avançadas para investidores
Investidores experientes podem aproveitar a HUSD de maneiras mais sofisticadas:

- Yield Farming: Fornecer HUSD como liquidez em pools DeFi que oferecem recompensas em tokens de governança.
- Arbitragem: Explorar diferenças de preço entre HUSD em diferentes exchanges ou entre HUSD e outras stablecoins.
- Hedging: Utilizar HUSD para proteger posições em ativos voláteis, especialmente durante eventos de alta volatilidade no mercado cripto.
É essencial monitorar as taxas de rendimento, pois elas podem variar drasticamente com a demanda por liquidez.
7. Futuro da HUSD e das stablecoins no Brasil
Com a chegada do Real Digital e a crescente adoção de pagamentos em cripto, a demanda por stablecoins como a HUSD tende a crescer. A integração com o ecossistema de PIX vs Crypto pode abrir novas oportunidades de uso em pagamentos instantâneos.
Além disso, a Huobi tem sinalizado planos de expandir a HUSD para mais blockchains, aumentando sua interoperabilidade e potencial de uso em aplicativos DeFi.
8. Conclusão
A HUSD se consolida como uma stablecoin confiável, respaldada por reservas auditadas e suportada por uma das maiores exchanges do mundo. No Brasil, seu uso está alinhado às novas normas de regulamentação e às exigências fiscais, oferecendo aos investidores uma ferramenta prática para trading, DeFi e pagamentos. Contudo, como qualquer ativo digital, é fundamental estar atento aos riscos de contraparte, regulatórios e tecnológicos, adotando boas práticas de segurança e diversificação.
Se você deseja integrar a HUSD ao seu portfólio, considere as estratégias apresentadas, mantenha-se atualizado sobre as mudanças regulatórias e escolha sempre plataformas e bridges auditadas.
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