BUSD: O que é, Como funciona e Por que você deve considerar usar esta stablecoin
Nos últimos anos, as stablecoins ganharam destaque no ecossistema cripto por oferecerem a estabilidade de moedas fiduciárias combinada com a flexibilidade da blockchain. Entre elas, a BUSD – stablecoin emitida pela Binance em parceria com a Paxos – tem se consolidado como uma das opções mais confiáveis e amplamente adotadas, especialmente no mercado brasileiro.
1. Entendendo a BUSD
A BUSD é uma stablecoin lastreada 1:1 em dólares americanos (USD). Cada token BUSD circulante tem um dólar real mantido em reservas auditadas, garantindo que o preço da moeda permaneça próximo de US$ 1. Essa transparência é reforçada por relatórios mensais publicados pela Paxos, auditoria que pode ser verificada publicamente.
Ao contrário de outras stablecoins que utilizam algoritmos ou garantias em criptoativos, a BUSD tem um lastro em moeda fiduciária, o que reduz a volatilidade e a incerteza para investidores e usuários que desejam movimentar recursos de forma rápida e segura.
2. Por que a BUSD se destaca no Brasil?
O Brasil tem se tornado um dos maiores mercados de criptomoedas da América Latina. Entre os fatores que impulsionam a adoção da BUSD no país, destacam‑se:
- Facilidade de integração com as principais exchanges brasileiras reguladas, como a Exchange Brasileira Regulada. Isso permite que usuários comprem, vendam e façam trading de BUSD com total conformidade regulatória.
- Conversão rápida para reais (BRL) via plataformas P2P, reduzindo a necessidade de intermediários bancários e diminuindo custos de transação.
- Compatibilidade com protocolos DeFi globais, permitindo que investidores brasileiros acessem rendimentos em farms, pools de liquidez e empréstimos usando BUSD como colateral.
3. Como adquirir BUSD no Brasil
Existem três caminhos principais:

- Compra direta em exchanges – Plataformas como Binance, Mercado Bitcoin e Bitso permitem a compra de BUSD usando reais via PIX ou transferência bancária.
- P2P (peer‑to‑peer) – Usuários podem negociar BUSD diretamente com outros investidores. Para garantir segurança, siga as boas práticas descritas no Guia de Verificação de Vendedor P2P.
- Conversão de outras stablecoins – Caso já possua USDT, USDC ou DAI, pode fazer swap em plataformas de Cross Chain Swaps para BUSD com baixas taxas.
4. Principais usos da BUSD
A estabilidade da BUSD a torna ideal para diversas aplicações:
- Pagamentos e remessas internacionais – Envie BUSD para qualquer carteira global em segundos, evitando custos de conversão cambial.
- Yield Farming e Staking – Plataformas DeFi como Aave, Compound e Yearn Finance aceitam BUSD como colateral, permitindo gerar juros acima de 5% ao ano.
- Reserva de valor – Em períodos de alta volatilidade do Bitcoin ou Ethereum, investidores podem proteger seu capital convertendo parte do portfólio para BUSD.
5. BUSD e o ecossistema de tokens “wrapped”
Um dos diferenciais da BUSD é sua compatibilidade com Wrapped Tokens. Por exemplo, a versão Wrapped BUSD (WBUSD) pode ser utilizada em blockchains que não suportam nativamente o padrão ERC‑20, como a Binance Smart Chain (BSC) ou a Polygon. Essa interoperabilidade amplia ainda mais as possibilidades de uso, permitindo que BUSD circule em diferentes redes com eficiência.
6. Segurança e auditoria
A Paxos, responsável pela emissão da BUSD, está registrada nos EUA como uma instituição financeira licenciada. As reservas em dólares são mantidas em contas segregadas em bancos de primeira linha, e auditorias mensais são realizadas por firmas independentes (por exemplo, Moody’s). Essa transparência reduz o risco de “bank run” e aumenta a confiança dos usuários.
Além disso, a BUSD segue as normas de KYC e AML nas plataformas que a disponibilizam, alinhando‑se às diretrizes da AML – Anti-Money Laundering no Brasil.
7. Implicações fiscais no Brasil
Para os investidores brasileiros, a tributação de transações envolvendo BUSD segue as mesmas regras aplicáveis a outras criptomoedas. Quando houver ganho de capital na conversão de BUSD para reais, é necessário declarar o lucro no Guia de Ganhos de Capital com Criptomoedas. Caso a BUSD seja usada para pagamentos de bens ou serviços, o valor deve ser incluído na declaração de IRPF conforme a legislação vigente.

8. Comparativo rápido: BUSD x USDT x USDC
Critério | BUSD | USDT | USDC |
---|---|---|---|
Emissor | Binance + Paxos | Tether Ltd. | Circle + Coinbase |
Auditoria pública | Mensal (Paxos) | Controvérsias frequentes | Mensal (Grant Thornton) |
Suporte a redes | ERC‑20, BEP‑20, Polygon, BSC | ERC‑20, TRC‑20, Solana, Algorand | ERC‑20, Solana, Algorand |
Taxas de retirada | Baixas em Binance | Variáveis | Baixas em exchanges suportadas |
9. Como armazenar BUSD com segurança
Para garantir a custódia segura da sua BUSD, considere as seguintes opções:
- Carteiras de hardware – Ledger Nano X ou Trezor Model T armazenam a chave privada offline.
- Carteiras de software – Metamask, Trust Wallet ou Binance Chain Wallet oferecem integração direta com a rede BSC.
- Custódia institucional – Se você possui grandes volumes, serviços de custódia regulada (ex.: BitGo, Fireblocks) podem ser mais adequados.
10. Futuro da BUSD e o mercado brasileiro
Com a aprovação do Banco Central Digital e o crescimento do ecossistema DeFi, a demanda por stablecoins como a BUSD tende a aumentar. A Binance tem investido em parcerias com fintechs brasileiras, possibilitando que usuários façam pagamentos em BUSD diretamente em aplicativos de delivery, e‑commerce e até mesmo em plataformas de jogos.
Além disso, a integração da BUSD com bridges (pontes) entre blockchains, como as descritas no Guia Definitivo de Bridges Crypto, deverá ampliar ainda mais seu alcance, permitindo que investidores movimentem ativos entre Ethereum, BSC, Polygon e outras redes com mínima fricção.
Conclusão
A BUSD se posiciona como a stablecoin mais confiável para o investidor brasileiro que busca estabilidade, liquidez e compatibilidade com o crescente universo DeFi. Seja para proteger ganhos, participar de yield farming ou realizar pagamentos internacionais, entender seu funcionamento, segurança e questões regulatórias é fundamental para tirar o máximo proveito desta ferramenta.