Metaversos Abertos vs Fechados: o que são e por que importam
Nos últimos anos, o termo metaverso deixou de ser apenas ficção científica para se tornar parte da estratégia de gigantes da tecnologia e de projetos emergentes em Marketing em Web3. Contudo, nem todos os metaversos são criados da mesma forma. A divisão principal está entre metaversos abertos e metaversos fechados. Entender essa diferença é essencial para desenvolvedores, investidores e usuários que desejam navegar com segurança nesse novo universo digital.
O que caracteriza um metaverso aberto?
Um metaverso aberto segue os princípios da arquitetura descentralizada da blockchain. Seus principais atributos são:
- Interoperabilidade: ativos digitais (NFTs, tokens, avatares) podem ser transferidos livremente entre diferentes plataformas.
- Governança distribuída: decisões são tomadas por meio de tokens de governança ou DAOs, garantindo que nenhum único ator controle o ecossistema.
- Transparência de código: o código-fonte é aberto (open‑source), permitindo auditorias e contribuições da comunidade.
Exemplos notáveis incluem Wired – Metaverse coverage e projetos como Decentraland, The Sandbox e Somnium Space.
O que caracteriza um metaverso fechado?
Ao contrário dos abertos, os metaversos fechados são controlados por uma entidade central – geralmente uma empresa ou consórcio. Suas características principais são:
- Propriedade proprietária: o código e os ativos são mantidos em servidores privados.
- Governança centralizada: as regras e atualizações são decididas pelos desenvolvedores ou pela empresa proprietária.
- Ecossistema fechado: a transferência de ativos para fora da plataforma costuma ser limitada ou impossível.
Plataformas como The Verge – Metaverse descrevem como o Meta Horizon Worlds e o Roblox operam sob esse modelo.
Por que a escolha importa?
Para usuários, a diferença impacta a liberdade de uso dos seus ativos digitais. Em um metaverso aberto, você pode levar seu avatar, NFT ou token para outra realidade virtual sem restrições. Em um fechado, esses itens podem ficar presos ao ecossistema, reduzindo seu valor de revenda.
Para investidores, os riscos são diferentes. Metaversos abertos tendem a ter maior resiliência a censura e a falhas de um único ponto, mas podem enfrentar desafios de escalabilidade. Metaversos fechados podem oferecer experiência de usuário mais polida, mas dependem da saúde financeira da empresa controladora.
Para desenvolvedores, a escolha determina a stack tecnológica. Metaversos abertos geralmente utilizam protocolos como blockchain modular e padrões de interoperabilidade (EIP‑721, EIP‑1155). Metaversos fechados podem usar engines proprietárias que não expõem APIs públicas.
Como decidir qual caminho seguir?
1. Objetivo do projeto: Se a missão for promover interoperabilidade e governança descentralizada, opte por um modelo aberto.
2. Recursos disponíveis: Construir um metaverso aberto exige expertise em blockchain, segurança de contratos inteligentes e integração de múltiplas redes.
3. Público‑alvo: Usuários que valorizam liberdade e propriedade digital tendem a preferir ambientes abertos.
Conclusão
Os metaversos abertos e fechados representam duas filosofias distintas sobre como a realidade virtual deve evoluir. Enquanto os primeiros abraçam a democracia digital e a liberdade de dados, os segundos priorizam controle, experiência curada e, muitas vezes, monetização mais direta. Avaliar cuidadosamente os trade‑offs ajudará empresas e usuários a escolher o caminho que melhor se alinha com seus valores e metas.